Serralheiro e sobrinho são presos por produzir armas em fábrica clandestina no Barreiro

Divulgação/Polícia Civil

Uma operação da Polícia Civil terminou com dois homens presos nessa quarta-feira (8), na região do Barreiro, em Belo Horizonte. Eles foram detidos em uma fábrica clandestina de armas no bairro Cardoso. Os suspeitos têm 49 e 43 anos e são, respectivamente, tio e sobrinho.

De acordo com a corporação, o homem mais velho tem experiência como serralheiro e seria o principal fabricante das armas. Já o mais novo é apontado pelos investigadores como auxiliar dele.

Os dois atuavam em um galpão onde o armamento em produção foi apreendido, além de silenciadores, munições e carregadores. Entre os itens também estava uma metralhadora calibre .380 já finalizada, cujo modelo original é encontrado por até R$ 40 mil. No local, ela era vendida por R$ 1,1 mil.

A investigação, que durou seis meses, partiu de denúncias de que a oficina de armas caseiras seria responsável por abastecer traficantes e suspeitos de assalto na região metropolitana e em cidades do interior. A polícia colheu indícios, inclusive, de que armas semelhantes às apreendidas na operação teriam sido usadas em, pelo menos, três homicídios.

Divulgação/Polícia Civil

O serralheiro, que não possuía nenhum registro criminal, assumiu a atividade criminosa e alegou passar por dificuldades financeiras. Conforme apurado, ele começou a produzir as armas a partir de projetos de pistolas de airsoft. Entre o armamento fabricado, foi encontrada inclusive uma réplica de uma arma da Segunda Guerra Mundial, conhecida como “Luger”.

O delegado que coordenou as investigações, Felipe Freitas, explica que as armas eram produzidas sob encomenda e confeccionadas a partir de produtos comuns de serralheria, que eram adquiridos em ferro-velho. “Ficou evidente que o material era todo produzido na oficina, uma vez que além dos projetos, encontramos armas em diferentes estágios de produção”, disse.

Os suspeitos respondem agora pelo crime de fabricação e comercialização de armamento de uso restrito e proibido, cuja a pena pode chegar até 12 anos de reclusão.

Com Polícia Civil

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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