‘Que tiro foi esse?’: Pedestres viram alvo de armas de pressão em BH; número de relatos cresce

Reprodução/Bhaz

Relatos de pessoas atingidas por disparos de armas de pressão, em alguns pontos de Belo Horizonte, têm sido compartilhados nas redes sociais nos últimos dias. Nas publicações, as vítimas afirmam que foram surpreendidas pelos tiros de Airsoft, espécie de arma usada em um jogo para simular operações policiais. Um dos casos foi compartilhado nesta quinta-feira (18).

As postagens sobre os tiros de Airsoft surpreendem por mostrar marcas provocadas pelos disparos que, apesar de não letais, podem deixar ferimentos graves. Pelo menos nove denúncias foram feitas apenas no Facebook. Em uma delas, uma jovem contou ter sido atingida quando passava pela rua da Bahia, na região Centro-sul da cidade, na noite da última terça-feira (16).


Outra moça também relatou ter sido atingida quando passava pelo mesmo local. “Achei que tinha levado uma pedrada de raspão mas lendo um relato talvez seja tiro de arma de pressão. Tomem cuidado e evitem a rota”, alertou. E vários outros casos começaram a surgir a partir de então.


Um rapaz explicou que estava na região da Savassi jantando com familiares quando a sogra foi atingida. Logo depois, foi a vez dele de “virar alvo”. “Do nada minha sogra sentiu algo nas costas e ficou sem entender, achou que era algum bicho. Minutos depois eu levo um no peito.Quando eu levei o meu todo mundo entendeu que não ia parar e saiu correndo. Até os garçons”, contou.

Outras pessoas disseram que foram atingidas em estações do metrô da capital. Apesar dos relatos, nenhum boletim de ocorrência foi registrado junto à Polícia Militar (PM). E ainda não se sabe se os disparos foram realizados de forma proposital ou se são “balas perdidas”.

Roberth Costa[email protected]

De estagiário a redator, produtor, repórter e, desde 2021, coordenador da equipe de redação do BHAZ. Participou do processo de criação do portal em 2012; são 11 anos de aprendizado contínuo. Formado em Publicidade e Propaganda e aventureiro do ‘DDJ’ (Data Driven Journalism). Junto da equipe acumula 10 premiações por reportagens com o ‘DNA’ do BHAZ.

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