Ônibus arranca, mãe com bebê de colo é arrastada e criança morre atropelada em BH

Reprodução/Google Street View + BusMG

Uma criança de 1 ano e 11 meses morreu durante um trágico acidente envolvendo um ônibus, na noite desse domingo (25), em Belo Horizonte. Uma mãe com bebê de colo tentou descer do coletivo, a porta se fechou, ela foi arrastada e acabou se soltando da criança, que foi atropelada por um terceiro veículo.

De acordo com o B.O (Boletim de Ocorrência), por volta das 19 horas, o carro da linha 608, que transportava cerca de 25 pessoas, parou na rua Padre Paulo Regolio, próximo ao número 74, no bairro Céu Azul, região de Venda Nova em Belo Horizonte. Alguns passageiros desceram e, enquanto a jovem Irian Thaina Lisboa, de 20 anos, ainda desembarcava com o filho no colo, o veículo arrancou.

O pé esquerdo de Irian ficou preso à porta e ela foi arrastada por 40 metros. O ônibus só parou após os gritos dos passageiros que perceberam a situação. Durante a queda, o bebê Guilherme Marlon Lisboa Muniz se soltou dos braços da mãe e foi atropelado por um outro veículo ainda não identificado.

Quando a jovem conseguiu se desprender, mesmo machucada, correu gritando ao encontro do filho. O bebê não resistiu aos ferimentos e morreu no local. A mãe sofreu ferimentos nos joelhos, braços e pés e foi socorrida pelo SAMU.

O motorista do coletivo, de 29 anos, trabalhava sem nenhum outro agente de bordo auxiliar e disse que verificou os três espelhos do veículo antes de arrancar com o ônibus. Segundo testemunhas, ele entrou em estado de choque e afirmou desesperado “Meu Deus, o que eu fiz?”.

Ele passou pelo exame de bafômetro, que deu negativo para consumo de álcool, e foi levado para a delegacia de plantão do Detran.

De acordo com a legislação vigente, as empresas podem operar com presença facultativa de cobradores em algumas situações: em horários noturnos, aos domingos e feriados, nas linhas Move e nas linhas executivas.

O BHAZ entrou em contato com a Viação Jardins para falar sobre a viabilidade do motorista estar trabalhando sem auxiliar, pois, apesar de ser um domingo, dia em que a lei permite a operação sem ajudante de bordo, a linha é bastante movimentada. No entanto, a empresa não se pronunciou e disse para a reportagem entrar em contato com o SETRA-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte).

No SETRA, até o momento da publicação da matéria, ninguém foi encontrado para falar sobre o assunto.

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