PBH fecha avenida da Pampulha para dar início a obras da Stock Car

Avenida importante da Pampulha ficará fechada por pelo menos 60 dias (Divugação/PBH)

A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) interdita, a partir desta terça-feira (19) a avenida Rei Pelé, ao lado do Mineirão, para dar início a obras relacionadas à realização da Stock Car na capital mineira. O trecho passará por recapeamento e reconstrução do pavimento.

A obra tem prazo estimado de 60 dias e, durante esse período, os veículos e ônibus do transporte coletivo devem utilizar desvios para acessar a avenida Antônio Abrahão Caram. Segundo a PBH, agentes da BHTrans e da Guarda Municipal vão monitorar a região e faixas de pano vão informar os condutores sobre os desvios.

As obras fazem parte da adaptação do entorno do Mineirão como circuito automobilístico temporário para etapa da Stock Car Pro de 2024.

Intervenções no Trânsito

Interdição total da avenida Rei Pelé, entre as avenidas Cel. Oscar Paschoal e Antônio Abrahão Caram;

A pista interna da avenida Cel. Oscar Paschoal passa a operar no sentido inverso, da avenida Rei Pelé para a avenida Antônio Abrahão Caram, atendendo os veículos vindos da avenida Pres. Carlos Luz;

A PBH vai implar um semáforo no cruzamento da pista interna da avenida Cel. Oscar Paschoal e avenida Antônio Abrahão Caram. Os pedestres devem ficar atentos, pois a avenida Cel. Oscar Paschoal terá fluxo em ambos os sentidos durante o período das obras;

A avenida Cel Oscar Paschoal terá um novo retorno no canteiro central, na direção do hall principal do Mineirão para acesso ao estacionamento G1, G2 e G3 da Avenida Antônio Abrahão Caram.

Desvio de Trânsito

Os veículos deverão seguir pela Avenida Pres. Carlos Luz, à esquerda na pista interna da Avenida Cel. Oscar Paschoal e à direita na Avenida Antônio Abrahão Caram.

Transporte Coletivo

As linhas 64, 67, 503, 5102 e S53 terão o itinerário alterado durante o período de obras e utilizarão o mesmo desvio do trânsito.

Corte de árvores, UFMG: as polêmicas da Stock Car em BH

Desde o anúncio da realização da etapa da Stock Car em BH, o evento levantou polêmicas e protestos. O corte de 63 árvores para a criação do circuito e a proximidade da pista da corrida com o Hospital Veterinário da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) são dois dos pontos mais sensíveis.

Após proibição de liminar judicial, o TJMG liberou a supressão das árvores no início de março. A Speed Seven e a DM Corporate, organizadora do evento, argumenta que haverá plantio compensatório de 688 novas árvores na região e disse que o corte se faz necessário para garantir a “segurança do público e dos competidores”. Ambientalistas condenam a medida.

Outro questionamento levantado pelas entidades defensoras do meio ambiente e dos animais é a proximidade da pista da corrida com o Hospital Veterinário da UFMG. A comunidade acadêmica teme que o barulho prejudique o quadro de saúde dos animais que se encontram em tratamento no local.

Sobre o assunto, os organizadores da Stock Car disseram que vão construir barreiras acústicas. “A reitora [da UFMG] indicou um especialista da própria Universidade, reconhecido nacionalmente por sua atuação neste tipo de análise, para a orientação na solução definitiva na construção e instalação de tais barreiras”, explicam.

“As barreiras acústicas, utilizadas em larga escala em autoestradas ao redor do mundo, serão um legado oferecido pelo BH Stock Festival à comunidade de Belo Horizonte. Elas permanecerão instaladas de forma definitiva no local que, historicamente, recebe inúmeros jogos de futebol, shows, fogos de artifícios, buzinaços, blocos carnavalescos, etc”, acrescenta a nota.

UFMG contesta organizadores

Em nota enviada ao BHAZ, a UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) disse que a reitora Sandra Goulart participou de uma reunião com os organizadores da Stock Car. Na ocasião, ela teria apresentado os problemas que o evento traria para a comunidade acadêmica.

“Foi entregue aos organizadores um ofício da Diretoria da Escola de Veterinária na qual a unidade relatava a enorme apreensão com a organização do evento e seu impacto não apenas para o Hospital Veterinário – incluindo a impossibilidade de acesso ao prédio –, mas também para todas as atividades de ensino e pesquisa da Instituição”, diz a nota.

Em relação à barreira acústica, reitora disse que “qualquer proposta precisaria ser discutida e aprovada pelo setor responsável da Universidade, a Pró-Reitoria de Administração, cujos responsáveis mantiveram algumas interlocuções com a empresa”.

A universidade nega, portanto, que tenha apresentado algum projeto nesse sentido aos organizadores do evento automobilístico. “Por fim, cabe registrar que não partiu da reitora da UFMG ou da equipe da Administração Central nenhuma indicação de especialista para avaliar a questão acústica”, declarou.

PBH defende geração de emprego e renda

A prefeitura defende que a inclusão de BH no calendário da prova promove turismo, geração de empregos e renda na capital mineira. A expectativa é de que o evento movimente mais de R$ 250 milhões.

Para a prefeitura, a etapa de BH realizada no modelo ‘Circuito de Rua’ ainda reforça a imagem da Pampulha como Patrimônio Cultural da Humanidade pela Unesco, com transmissão ao vivo para 157 países, o que colocará Belo Horizonte em evidência mundial.

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