A Polícia Civil de Minas Gerais confirmou, nesta sexta-feira (6), que o número de casos de pessoas contaminadas pelas substância dietilenoglicol encontrada em cervejas da Backer subiu para 11. O número abrange quatro das seis pessoas que morreram em decorrência da intoxicação. As informações foram divulgadas em uma coletiva de imprensa nesta tarde.
A investigação a respeito da contaminação e das vítimas já ultrapassa 60 dias. Ao todo, 38 casos podem estar ligados ao consumo de cervejas da marca contaminadas. Agora, a força-tarefa criada para a apuração dos casos conta com parceria do CDNT (Centro de Desenvolvimento de Tecnologia Nuclear), localizado na UFMG, que ajuda a corporação com um novo método de detecção de possíveis contaminados.
O delegado Flávio Grossi, responsável pela investigação, explicou que os equipamentos usados pelo CDNT são capazes de identificar a presença da substância tóxica em qualquer proporção analisada. “É um caso complexo e desafiador para a Polícia Civil, com sistemas que eram estranhos e incomuns para a nossa realidade, mas que, aos poucos, estamos desenvolvendo”, disse o policial durante a coletiva.
Segundo Grossi, a investigação também ampliará a janela temporal de contaminação em busca de possíveis outras vítimas. No último balanço divulgado pela SES-MG (Secretaria de Saúde de Minas Gerais), no dia de 17 de fevereiro, apenas quatro casos de contaminação haviam sido confirmados.
Como desdobramento da investigação, o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) determinou que diversos lotes de cervejas fabricados pela Backer fossem recolhidos. Além disso, a fábrica da cervejaria também foi interditada. Até agora, não se sabe como a substância tóxica foi parar nos taques de produção das cervejas e nas garrafas da marca. Também não há, por enquanto, um prazo para que o inquérito a respeito dos casos seja concluído.
