A PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) anunciou nesta segunda-feira (13) a retomada do uso obrigatório de máscaras em espaços fechados da cidade. A medida vale a partir de amanhã e, a princípio, vale até o dia 31 de julho. O objetivo é diminuir a transmissão da Covid-19, cujos casos tiveram aumento na capital mineira nas últimas semanas.
Durante coletiva de imprensa realizada na sede da prefeitura, a secretária Municipal de Saúde, Claudia Navarro, explicou que a decisão da retomada do uso obrigatório de máscaras em locais fechados surgiu em comum acordo entre a pasta e o prefeito, Fuad Noman (PSD). Segundo ela, um decreto deve ser divulgado ainda nesta terça-feira com a alteração relacionada às máscaras.
“Nossos protocolos são revistos diariamente e alterados de acordo com dados epidemiológicos, assistenciais. Nesse momento entendemos que devemos voltar com obrigatoriedade do uso de máscara em lugares fechados”, disse a secretária.
Válido até julho
Além do transporte público e instituições de saúde, as máscaras devem ser usadas obrigatoriamente em shoppings e lojas, cinemas, teatros e todo e qualquer ambiente fechado com circulação de pessoas. Segundo a secretária, a medida foi tomada com base no crescente aumento no número de casos de Covid-19 na cidade que tem gerado uma alta demanda por atendimento nos hospitais.
“Estamos tendo aumento no número de novos casos por 100 mil habitantes. Apesar disso, não estamos tendo aumento nos óbitos e nem em casos graves. Mas esse novo aumento de casos, junto com a maior incidência de doenças respiratórias dessa época, principalmente em crianças, leva a uma dificuldade na assistência ambulatorial”, explica ela.
A nova diretriz será publicada nesta terça-feira (14) no DOM (Diário Oficial do Município). A princípio, o decreto terá validade até o dia 31 de julho, mas o prazo pode ser encurtado ou alongado. ”Acreditamos que seja o período que teremos diminuição dos casos, mas todos esses protocolos podem ser mudados”, pondera Cláudia.
‘Pais não levam os filhos para vacinar’
Outro ponto de preocupação da Secretaria Municipal de Saúde é a baixa na vacinação contra a Covid-19 entre crianças. Segundo Cláudia Navarro, apenas 56% das crianças aptas para a imunização tomaram as duas doses.
“A adesão é boa, mas não satisfatória. São os pais e responsáveis que não levam os filhos e uma das questões é possibilidade de efeitos colaterais. No entanto, todos os estudos não mostram complicações que impeçam a aplicação da 2ª dose”, explica ela.
Ainda segundo a secretária, desde o final de abril, quando BH acabou com a obrigatoriedade do uso de máscaras em lugares fechados, 33 turmas de escolas municipais e particulares já tiveram as atividades presenciais suspensas por conta do alto índice de casos entre crianças.
“No tempo em que esse acompanhamento está sendo feito, já fechamos 3,9% de todas as classes de Belo Horizonte. Os estudos são conduzidos de forma individualizada para cada caso registrado nas escolas”, disse.