Belo Horizonte registra mais de 12 mil casos de dengue em 2023; vacina chega ao SUS

09/01/2024 às 18h11 - Atualizado em 10/01/2024 às 14h04
aedes aegypti bh casos de dengue
Minas Gerais confirmou quase 1 milhão de casos de dengue (Fiocruz/Raul Santana)

BH registrou 12.293 casos de dengue no ano passado, segundo o balanço da doença feito pela (SMSA) Secretaria Municipal de Saúde. Os dados foram coletados ao longo do ano de 2023. Até o dia 5 de janeiro, 34 casos notificados estavam pendentes de resultados.

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o Brasil é lider mundial no número de casos de dengue, tendo registrado 2,9 milhões em 2023. Esse número representa mais da metade dos 5 milhões registrados no mundo todo.

Segundo a SES-MG (Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais), de dezembro de 2023 até 8 de janeiro de 2024, o estado “registrou 1.451 casos prováveis (casos notificados, exceto os descartados) de dengue. Desse total, 415 casos foram confirmados para a doença”.

Ao todo, 380 cidades estão em situação de alerta em relação ao nível de infestação do Aedes aegypti, e 82 estão em situação de risco. Os dados são do LirAa/LIA (Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti), divulgados pela SES-MG em dezembro de 2023.

O levantamento foi realizado entre 23/10 e 10/11 em 821 municípios mineiros. Do total, 359 estão com IIP (Índice de Infestação Predial) pelo Aedes igual ou menor que 0,9 e receberam classificação satisfatória, indicando baixo risco de transmissão de doenças causadas por vírus transmitidos por mosquitos.

Belo Horizonte está classificada em situação de alerta, com IIP em 1,4.

Vacina contra a dengue chega ao SUS

A nova vacina contra a dengue, a Qdenga, chegou ao Brasil em junho de 2023. Ela ficou disponível na rede privada de saúde de Belo Horizonte a partir do mês de julho. Pessoas que já tiveram ou não contato com o vírus podem receber o imunizante.

O Governo Federal anunciou, nessa segunda-feira, que a vacina está incorporada ao Programa Nacional de Imunização. Dessa forma, o sistema público de saúde brasileiro oferecerá o imunizante, e o Brasil se torna o primeiro país do mundo a oferecer a vacina no SUS.

Em um primeiro momento, a vacina não será utilizada em larga escala, uma vez que o laboratório fabricante, Takeda, disse ter uma capacidade restrita de fornecimento de doses. Por isso, a vacinação será focada em público e regiões prioritárias.

“Até o início do ano, faremos a definição dos públicos alvo levando em consideração a limitação da empresa Takeda do número de vacinas disponíveis. Faremos priorizações”, disse a Ministra da Saúde, Nísia Trindade. 

BH aguarda recomendações

Em nota ao BHAZ, a Secretaria Municipal de Saúde informou que segue o Plano Nacional de Imunização. “No momento, o município aguarda recomendações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado de Saúde sobre o repasse de doses”.

A SES-MG informou que está aguardando “orientações do Ministério da Saúde (MS) a respeito da execução do plano de vacinação contra a dengue no estado”. O órgão ressaltou que seguirá a ordem de prioridade de público e região para aplicação do imunizante.

Quem quiser garantir a vacina pelo sistema privado, os laboratórios Hermes Pardini e São Marcos e a drogaria Araujo comercializam o produto. No site da farmácia, o imunizante sai a R$ 364.

Eficácia comprovada

A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) aprovou o uso da nova vacina contra a dengue em março do ano passado. Conforme informou o Governo Federal, a segurança e a eficácia da vacina foram comprovadas por meio de dados técnicos e científicos.

“O ciclo completo de imunização é atingido com as duas doses e a Qdenga, apresentou nos ensaios clínicos, ter eficácia geral de 80,2% contra a dengue causada por qualquer sorotipo após 12 meses da segunda dose”, disse o governo. 

Com Agência Brasil

Editado por: Roberth R Costa

Andreza Miranda

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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