PBH investe em circuito cultural online e seleciona artistas da cena local; cachê é de R$ 1 mil

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Inscrições vão até o dia 10 de junho (Netun Lima/PBH + Acervo Vale)

Os artistas de BH agora têm uma chance de participar do Circuito de Cultura mesmo com a pandemia da Covid-19: a Secretaria Municipal de Cultura e a Fundação Municipal de Cultura abriram o cadastramento de propostas artísticas para o “Circuito em Casa”, uma ação que pretende promover e fomentar a produção cultural da capital e da região metropolitana.

A ideia é disponibilizar para a população mais uma opção de arte e formação durante do período de distanciamento social. O Circuito em Casa foi lançado no último sábado (23) e já está sendo realizado com uma programação inteiramente voltada para a produção artística local.

Agora, com a abertura para cadastramento de propostas em novos formatos, artistas, agentes culturais e trabalhadores da cadeia produtiva da cultura da Grande BH podem inscrever suas propostas, que serão selecionadas até o dia 10 de junho. O formulário de inscrição já está disponível no site (acesse aqui).

Cachê e programação

A primeira parte do Circuito em Casa, que começou este mês, promoveu lives, exibição de vídeos, curtas e filmes, além de debates e atividades formativas voltadas a diversos públicos. Foi uma seleção de atrações locais da música, artes cênicas, literatura, audiovisual, artes visuais e cultura popular.

A programação foi montada a partir dos eventos que já estavam planejados para ocorrer e precisaram ser suspensos em razão da pandemia do novo coronavírus. Agora, as inscrições estão abertas para recrutar novos artistas e montar a segunda parte da programação.

O objetivo é fomentar, conforme possibilidades da atual pandemia, a produção cultural local. Para isso, serão selecionadas 45 propostas, com previsão de cachê de R$1 mil para cada. As apresentações podem acontecer em diversos formatos, inéditas ou não.

Regras

Visando a cumprir as recomendações da Secretaria Municipal de Saúde, foram estipulados critérios para a realização das apresentações, entre os quais está a determinação de que tenham, no máximo, duas pessoas no mesmo espaço.

Em projetos com mais de dois envolvidos, os participantes deverão estar em locais distintos, interagindo pelas plataformas de internet e respeitando o distanciamento. As possibilidades de ações são diversas, incluindo apresentações em varandas e projeções e mappings em edifícios, desde que ofereçam visibilidade para um grande número de pessoas e que sejam, preferencialmente, passíveis de registro. Todos os critérios que devem ser cumpridos pelos proponentes podem ser consultados em uma cartilha elaborada pela equipe do Circuito Municipal de Cultura (acesse aqui).

A secretária Municipal de Cultura e presidenta interina da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin, explica a proposta: “Neste cenário complexo de pandemia, fizemos um replanejamento das nossas ações para atender da forma mais ampla possível o setor cultural da cidade e oferecer uma programação diversificada para que a população fique em casa usufruindo de variados conteúdos culturais”.

Circuito em Casa

De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o conceito de saúde é mais do que a ausência de enfermidades e envolve “um estado de completo bem-estar físico, mental e social”. Nesse sentido, o “Circuito em Casa” busca fortalecer a presença dos bens culturais para a população das diferentes regiões da cidade, assim como manter o intercâmbio e a qualificação da cena artística de Belo Horizonte durante o distanciamento.

Segundo Juliana Sevaybricker, presidente do Circ (Centro de Intercâmbio e Referência Cultural), parceiro da Secult, o projeto foi desenvolvido de forma a compreender e valorizar as diferentes áreas da cultura em formato online, potencializando as suas particularidades. “BH é, marcadamente, uma cidade cultural, coletiva, conectada. Neste momento, o Circuito ajuda a preservar essa vocação, criando uma programação de qualidade e buscando novas estratégias para a sustentabilidade desse setor”.

Circuito Municipal de Cultura

O Circuito Municipal de Cultura foi lançado em dezembro do ano passado, junto às comemorações do aniversário da capital. Desde então, movimentou a programação da cidade com apresentações como a de Jorge Ben Jor, na Praça da Estação, e Rincon Sapiência e Tamara Franklin, no Viaduto Santa Tereza, ambos na Zona Cultural Praça da Estação.

Foram planejadas mais de 150 atrações artísticas e formativas, locais, estaduais e nacionais, durante 12 meses, contemplando diversas linguagens e o público de diferentes faixas etárias. Agora, o Circuito em Casa chega para dar continuidade a esse projeto com as adaptações necessárias.

Com PBH

Giovanna Fávero[email protected]

Editora no BHAZ desde março de 2023, cargo ocupado também em 2021. Antes, foi repórter também no portal. Foi subeditora no jornal Estado de Minas e participou de reportagens premiadas pela CDL/BH e pelo Sebrae. É formada em Jornalismo pela PUC Minas e pós-graduanda em Comunicação Digital e Redes Sociais pela Una.

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