BH segue sem previsão de reabertura e CDL critica Kalil

Prefeito de BH Alexandre Kalil e bar aberto em BH
BH segue sem avançar com reabertura dos comércios (Amanda Dias/BHAZ)

A cidade de Belo Horizonte segue com os comércios fechados, com exceção àqueles segmentos considerados essenciais. A informação foi confirmada pela assessoria da PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), após reunião entre as entidades empresariais na noite desta quinta-feira (23). Representantes da CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas) estiveram no encontro e criticaram a postura do prefeito Alexandre Kalil (PSD).

A decisão de fechar os comércios foi tomada no dia 26 de junho, após a cidade avançar duas fases na retomada das atividades (relembre aqui).

“O protocolo da PBH está sendo seguido rigorosamente e, como os dados pioraram muito, estamos voltando para a fase zero do bloqueio da cidade”, anunciou Kalil à época. “Ninguém está mais triste [do que eu] e avisou tanto à população que não eram férias e que todos nós deveríamos nos manter em casa e fazer só essencial – o que não foi feito”, lamentou o prefeito.

Decisão é criticada

Em nota assinada pelo presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva, a entidade criticou a ausência do prefeito no encontro. “Em primeiro lugar, lamentamos a ausência do prefeito. A prefeitura mais uma vez não deu nenhum passo, nenhum pingo de esperança para a previsão de reabertura”, diz trecho da nota. “A prefeitura não apresentou um cronograma de reabertura dos leitos que ela mesmo prometeu abrir em maio. Está completamente perdida, completamente sem rumo. Não temos comando na cidade”, complementou.

Nas últimas 24 horas, Belo Horizonte registrou mais 1.049 casos e 18 mortes pela doença. Agora são 16.100 infectados e 417 óbitos. A capital mineira tem ocupação de 86% dos leitos de UTI e de 70% dos de enfermaria.

O outro lado

Procurada pelo BHAZ, a PBH informou que debateu a proposta apresentada e esclareceu aos representantes das entidades que “não se trata de um plano novo, somente uma flexibilização já apresentada a eles, pela própria prefeitura em maio”.

As divergências, segundo a administração municipal, “estão principalmente nos limites de leitos como sinalização verde. A proposta da Abrasel e da CDL coloca que 80% de ocupação de leitos permitiria uma abertura, o que para a Prefeitura não é um índice seguro para a população”.

Uma nova reunião será agendada para a próxima semana, quando a PBH apresentará uma avaliação da proposta do nível de leitos para liberação da abertura e das fases indicadas pelas entidades.





Marcela Gonzaga[email protected]

Editora do BHAZ desde fevereiro de 2020. Jornalista graduada pela Newton Paiva. Trabalhou como produtora de TV e chefe de produção durante 14 anos, com passagens pela RecordTV, Rede Minas, RedeTV!, TV TRT-MG e TV TJMG.

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