Cristiana Andrade e Rafael D’Oliveira
Desde o rompimento da barragem da Vale, em Brumadinho, no dia 25 de janeiro, o governo tem gasto, em média, algo em torno de R$ 1,8 milhão por dia com as operações de resgate de vítimas e localização de corpos. O último levantamento feito pelo Estado, entre o dia do desastre e a data de 31 de janeiro, mostra que o gasto alcançou a casa de R$ 13 milhões.
O valor foi gasto pelos órgãos que atuam no local, como Corpo de Bombeiros, Defesa Civil, polícias Militar e Civil, secretarias de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Transporte e Obras, Agropecuária, entre outros.
Os gastos incluem despesas com recursos humanos, abastecimento de aeronaves, viaturas, caminhões, ônibus, horas trabalhadas dos profissionais, uniformes, equipamentos, entre outros. O valor ainda pode aumentar, já que, segundo o governo, o cálculo é preliminar: nem todos os gastos dos últimos seis dias foram contabilizados em função das urgências nos atendimentos.
O Governo de Minas havia solicitado à Justiça para que parte do dinheiro bloqueado da mineradora fosse repassado ao Estado para arcar com os gastos das operações em Brumadinho.
Em audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira (6), na 6ª Vara da Fazenda Pública Estadual e Autarquias da capital, a Vale se comprometeu a fazer o levantamento imediato de R$ 13,4 milhões para ressarcir as despesas que o Estado teve com serviços emergenciais. O valor será retirado do montante de R$ 1 bilhão bloqueado pela Justiça.