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Sentiu aí? Café é o item da cesta básica que mais aumentou este ano; entenda

03/10/2024 às 18h01
Café é o item que mais aumentou este ano em BH (Imagem ilustrativa: Pixabay)

Com ou sem açúcar, o cafezinho dos mineiros ficou mais salgado em 2024. Isso, porque o café moído foi o item da cesta básica com maior aumento do preço, ficando 51,81% mais caro desde o início do ano. Juntamente com o óleo de soja e o chã de dentro, o café foi um dos produtos que puxou para cima o valor da cesta de Belo Horizonte entre agosto e setembro.

Segundo levantamento realizado pelo Instituto de Pesquisas Econômicas Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), o custo da cesta básica apresentou variação positiva de 0,32%, entre agosto e setembro de 2024, atingindo o preço de R$ 688,42. A pesquisa considera o gasto médio mensal de um trabalhador adulto com alimentação.

Dos 13 itens que compõem a cesta básica, oito apresentaram alta do preço médio e os outros cinco apresentaram diminuição. Os itens com maior variação positiva no preço médio no mês, ou seja, os que mais subiram, foram o chã de dentro (2,93%), óleo de soja (6,87%), e o café moído (16,14%).

Para o pesquisador Diogo Santos, o aumento deste último mês pode ser explicado por fatores climáticos, como o longo período de estiagem, e pela variação do mercado.

“Tem muitos causas tanto no brasil como no mundo. É um item, assim como a soja, arroz, que tem um preço internacional, já que tem muita exportação. Desde o ano passado ocorreu uma redução na oferta do café, principalmente na Ásia, e ocorrem no Brasil alguns efeitos decorrentes do clima que geram uma apreensão sobre qual vai ser a quantidade na próxima safra”, pontua.

“Se a previsão do ano que vem é de a safra ser menor, o café que é vendido agora acaba valendo mais. Os compradores acabam comprando mais nesse momento, e os produtores podem tentar segurar as sacas para vender com um preço melhor no futuro”.

Cesta básica permanece estável

Mesmo com a alta do café, o valor da cesta básica em BH continua R$ 47,00 mais barata em comparação com os preços de janeiro deste ano, quando a compra saía a R$ 735,43.

“Esse aumento foi pequeno, porque estamos vindo de dois meses de queda do custo da cesta básica em BH, o que mantem a cesta baixa na comparação histórica. No entanto, os itens com aumento mais expressivo, como o chã de dentro e o café, causam uma pressão grande sobretudo para famílias de baixa renda”, avalia o especialista.

Atualmente, o custo da cesta em BH representa o equivalente a 48,75% do valor de um salário mínimo. Após quatro quedas consecutivas, de fevereiro a maio deste ano, a cesta apresentou alta em junho, quedas consecutivas em julho e agosto e novamente alta em setembro. Com o resultado deste mês, o custo da cesta básica em BH registra queda acumulada de 0,72% em 2024 e alta de 2,43% em 12 meses

Entre os produtos que ficaram mais baratos se destacam tomate (-10,97%), banana caturra (-6,67%) e feijão carioquinha (-3,93%).

(Reprodução/Fundação IPEAD)

Editado por: Rafaela Carvalho

Isabella Guasti

Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.
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Isabella Guasti

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Jornalista graduada pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022 e também de reportagem premiada pelo Sebrae Minas em 2023.

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