O inquérito instaurado contra a cantora Marcella Eduarda Januária Carvalho, conhecida como Madu, de 18 anos, foi arquivado. A jovem foi acusada de ter sido cúmplice no incêndio de um ônibus na capital em fevereiro deste ano e chegou a ser presa. Dias após sua detenção, Madu foi libertada, mas teve que permanecer em prisão domiciliar e com uma tornozeleira eletrônica.
A investigação entendeu que não há provas para incriminar Madu pelo crime em que foi acusada pela Polícia Militar e o caso foi, então, arquivado. Com o arquivamento, a prisão domiciliar e a tornozeleira eletrônica foram automaticamente revogados.
A defesa de Madu afirma que a acusação contra a cantora tem motivação racista e classista, pelo fato de a jovem ser negra e moradora de uma ocupação urbana. Madu gravou um vídeo agradecendo aos seus apoiadores, que foi publicado junto a um texto produzido pelo Movimento de Mulheres Olga Benário, explicando o caso.
Relembre o caso Madu
Em fevereiro deste ano, Madu estava a bordo do coletivo 342, quando, na altura do bairro Castanheiras, no Barreiro, deu sinal para desembarcar. Nesse momento, dois indivíduos que estavam no ponto de embarque abordaram o veículo e anunciaram que iriam incendiar o ônibus como uma retaliação às condições precárias do presídio São Joaquim de Bicas II.
A cantora fugiu do local, porém, foi presa próxima da região e acusada de envolvimento com o caso. A jovem foi encaminhada para a delegacia junto com os suspeitos do crime que também foram presos.
Após permanecer quatro dias na presa, Madu foi libertada, mas teve que permanecer utilizando uma tornozeleira eletrônica e em prisão domiciliar, até que o caso fosse julgado.