A CDL/BH (Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte) solicitou que o MPMG (Ministério Público de Minas Gerais) intervenha para garantir a circulação de todos os ônibus do transporte coletivo da capital. Mais de 80 veículos deixaram de circular por tempo indeterminado a partir de hoje.
A CDL defende que “caso as empresas concessionárias de transporte público mantenham a suspensão de parte dos serviços, os setores de comércio e serviços serão impactados novamente com a impossibilidade de acesso pelos consumidores e trabalhadores que atuam no segmento”.
O Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte) anunciou ontem que o sistema de transporte coletivo ”entrou em colapso por falta de óleo diesel em seus estoques e viabilidade financeira para contínua aquisição do insumo” (entenda aqui).
Procurado pelo BHAZ, o MPMG informou que o procurador-geral de Justiça se reuniu nesta tarde com o prefeito Alexandre Kalil (PSD), e que novas informações devem ser divulgadas ainda hoje.
Pedido de intervenção
No ofício ao MP, a CDL destaca que a paralisação de parte dos ônibus “afeta toda a coletividade, pois impede que os trabalhadores se desloquem para seus postos de trabalho, prejudica o acesso a serviços públicos, como o deslocamento para postos de saúdes e hospitais, além de afetar o acesso de consumidores aos centros de comércio da capital”.
O documento também defende que as empresas podem sair em desvantagem por causa de valores de vale-transporte já adiantados aos funcionários.
“O setor de comércio foi o mais afetado pela pandemia e não suporta mais este impacto negativo que certamente terá com a redução da oferta de transporte coletivo na cidade”, protesta o presidente da CDL/BH, Marcelo de Souza e Silva.
Ele informou que agendou uma reunião com a presidente da CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte), Nely Aquino, para discutir ações que evitem esse colapso no sistema de transporte coletivo. O encontro acontece amanhã (14), às 10h.
Suspensão
Mais de 80 ônibus deixaram de circular em Belo Horizonte por tempo indeterminado a partir de hoje e os impactos já foram sentidos pelos usuários. Após anúncio de “colapso” por falta de combustível em duas empresas do transporte coletivo, muitos passageiros tiveram dificuldades para se locomover pela cidade.
Segundo o Setra-BH (Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte), o sistema de transporte coletivo ”entrou em colapso por falta de óleo diesel em seus estoques e viabilidade financeira para contínua aquisição do insumo”. Os 80 veículos que deixaram de circular pertencem à empresa Viação Transoeste.
Outros 18 ônibus, pertencentes ao Consórcio Dom Pedro II, vão deixar de operar a partir da semana que vem, já que a previsão é que o estoque de diesel dure até este domingo (16). A paralisação do serviço afetará todas linhas da Estação Diamante, que atendem a região do Barreiro, em Belo Horizonte.
“O SetraBH lamenta a crise e destaca que os maiores prejudicados serão os usuários que deixarão de ser atendidos pelas duas empresas. A entidade e os Consórcios Dez e Dom Pedro II estão em contato com o poder concedente para viabilizar uma solução emergencial para a crise”, informa o sindicato.
O BHAZ entrou em contato com a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte), que informou, por meio de nota, nessa quarta-feira (12), estar “buscando uma solução para o problema de maneira que a população não saia prejudicada”.