As negociações com a delegada Monah Zein, que se trancou dentro do próprio apartamento manhã de ontem (21), já duram mais de 24 horas.
Em entrevista coletiva concedida na manhã desta quarta-feira (22), o delegado Saulo Castro, porta-voz Polícia Civil, informou que colegas se deslocaram até a casa de Monah depois que ela mandou uma mensagem interpretada como preocupante no grupo de trabalho.
“Ela retornava do período de afastamento de férias e enviou em um grupo de colegas de trabalho uma mensagem que, para os colegas, sugeria algo que pudesse levar a uma situação contra a própria saúde”, explicou.
“Os colegas do local de trabalho que vieram para cá acompanhados dos profissionais do nosso Centro Biopsicossocial para acolher a colega e preservá-la de qualquer tipo de situação adversa”, acrescentou.
Durante uma transmissão ao vivo realizada ontem, Monah Zein fez uma série de denúncias de abusos que estaria sofrendo dentro da Polícia Civil. Na live, a servidora afirma que policiais chegaram na porta da casa dela por volta das 9h da manhã de ontem depois que ela avisou que não iria mais trabalhar.
A delegada disse ter decidido que “não vai mais viver nesse inferno”. “Ontem, após novamente começarem atos humilhantes, ‘assediatórios’, bizarros, ‘adoecedores’ contra mim, que eu ia voltar a trabalhar hoje, decidi que cansei, decidi que não vou mais viver um ano desse inferno, decidi que chega”, diz ela.
O delegado Saulo Castro não se manifestou sobre as denúncias apresentadas pela servidora. De acordo com ele, novas informações serão repassadas em momento oportuno.
