Concorrente do Uber, Cabify chega a BH nesta terça-feira oferecendo corridas gratuitas

Divulgação/Cabify

Abrindo concorrência com o Uber, o aplicativo de caronas pagas Cabify começou a operar em Belo Horizonte nesta terça-feira (11). As tarifas são fixas — R$ 2,50 o quilômetro percorrido — calculadas entre os pontos de origem e destino. São aceitos pagamentos em dinheiro e cartões de débito ou crédito. O aplicativo pode ser baixado, gratuitamente, na App Store e Google Play. Há ainda a opção de contratar o serviço por meio do site da empresa.

Excepcionalmente nesta terça-feira, a Cabify oferece de graça duas corridas na capital mineira para cada usuário. No entanto, serão isentas de pagamento apenas as corridas que não ultrapassem R$ 20.

A empresa espanhola iniciou as atividades em 2011 e atua no Brasil desde junho deste ano.

Ao Bhaz, o diretor geral da Cabify no Brasil, Daniel Velazco-Bedoya, afirmou que os principais diferenciais da empresa para os demais aplicativos de transporte são os cuidados na escolha dos motoristas e o foco na qualidade do serviço.

“Nossos motoristas passam por exames médicos, exames toxicológicos, fazemos vistoria presencial do veículo e checagem de documentos”. Segundo ele, na busca pelo conforto dos passageiros, há preferência no cadastramento de carros do modelo sedã, fabricados a partir de 2012. “Há essa preferência. Mas permitimos também carros que não sejam sedã, desde que sejam maiores. Permitimos também veículos de 2011, mas preferencialmente exigimos aqueles com fabricação a partir de 2012”, explica.

Para Velazco-Bedoya, o estabelecimento de preços fixos com base na quilometragem percorrida promove maior transparência para o consumidor. “Mesmo que o motorista decida fazer um determinado desvio de rota, o preço cobrado será aquele calculado no aplicativo. Focamos na tarifa e não cobramos por tempo de corrida. Isso traz transparência e confiança para o usuário”, avalia.

Ainda segundo o diretor geral da Cabify no Brasil, cerca de 4 mil motoristas manifestaram interesse em trabalhar pelo aplicativo em Belo Horizonte. No entanto, ele não revelou o número de carros rodando na capital a serviço da empresa.

Indefinição

Diante da indefinição judicial acerca da liberação de aplicativos de caronas pagas em Belo Horizonte, Velazco-Bedoya afirma que assumiu o risco de operar na capital, na expectativa de que a regulamentação ocorra em curto prazo. Uma liminar concedida pela 1ª Vara de Fazenda Pública e Autarquias de Belo Horizonte, em março desde ano, autorizou a utilização desse tipo de aplicativo na capital.

“Nosso papel é entrar junto ao governo para mostrar a necessidade de criar um ambiente regulatório. Sabemos que tem uma decisão jurídica local, mas nos baseamos na Constituição Federal e na Política Nacional de Mobilidade Urbana” defende o diretor geral da Cabify.

Considerando o cenário de hostilidades entre taxistas e motoristas de Uber na capital mineira, Velazco-Bedoya deixa claro que a Cabify não representa nenhuma categoria. “Focamos na necessidade de inovação das modalidades de transporte urbano”, diz. “Não levantamos bandeiras, tanto é que em Madrid e São Paulo, a Cabify também oferece serviços de táxis”.

Cabify

A empresa iniciou as atividades em 2011, em Madrid, na Espanha e, já no ano seguinte, foi implantada em alguns países da América Latina. No Brasil, a Cabify começou a operar em São Paulo, em junho deste ano, posteriormente estendendo os serviços para Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Belo Horizonte é a quarta capital brasileira a receber os serviços da empresa.

 

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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