O feriado nacional do Dia do Trabalhador registrou manifestações a favor do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em Belo Horizonte. Apoiadores do presidente realizaram um ato na área central da capital mineira, neste sábado (1º), e carregavam faixas de apoio a Bolsonaro, como com os dizeres “Eu autorizo presidente”. A frase faz referência à recente fala de Bolsonaro sobre aguardar apenas um sinal da população para intervir de forma mais radical na política brasileira.
A manifestação começou na praça Tiradentes, no bairro Funcionários, na região Centro-Sul da capital, às 10h, e seguiu para a Praça Sete, ocupando a pista da Avenida Afonso Pena, que leva ao Centro da cidade. Todas as faixas da pista que desce a Afonso Pena foram fechadas pelos manifestantes em vários momentos.
Com bandeiras de Israel, do Brasil, e roupas verde e amarelas, os apoiadores do presidente entoaram cantos como “a nossa bandeira jamais será vermelha”. Na calçada, vários apoiadores andavam sem máscara, inclusive um deputado estadual de Minas Gerais.
O deputado, Bruno Engler, 23, também ex-candidato à prefeitura de Belo Horizonte, chamou as pessoas para participarem da manifestação. “Vem pra rua lutar pela nossa liberdade, defender o nosso presidente, exigir os nossos direitos e garantias constitucionais”, disse no ato, em vídeo publicado em rede social. “Presidente Jair Bolsonaro, estamos com o senhor”, finalizou.
‘Autorizado para agir’
A “marcha” foi convocada pelos grupos Direita Minas, Mães Direitas, Grupo Brasil Conservador Bolsonaro, Movimento Brasil Conservador, Conservadores em Ação, e brOS brasileirOS. Com os slogans “Um Grito pela Liberdade”, “Somos todos Bolsonaro”, e “Pelo Voto Impresso”, grupos municipais também foram notificados, como o Direita Minas de Juiz de Fora, na Zona da Mata, Montes Claros, no Norte de Minas, Uberlândia, no Triângulo mineiro, e São Lourenço, no Sul de Minas.
Em Montes Claros, um outdoor foi instalado na cidade convocando as pessoas para a carreata. No dia, além do hino do Brasil, faixas com os dizeres “esse é o nosso sinal. Autorizado para agir” e “o vírus que mata o brasileiro é a corrupção” estavam fixados na concentração.
O ato também aconteceu em outros lugares do Brasil, como São Paulo (SP), Brasília (DF) e Porto Alegre (RS).