Dupla sequestra homem na Pampulha e usa maquininha de cartão de crédito para roubá-lo

Reprodução/Street View

Um assalto na madrugada de domingo (5), na região da Pampulha, acabou por revelar uma modalidade de crime até então desconhecida pelas autoridades de segurança do Estado: o uso de máquina de cartões por criminosos. Um jovem de 27 anos foi sequestrado e teve R$ 7,7 mil roubados da conta bancária através do equipamento – cada vez mais usual no comércio. Foi o primeiro registro desse tipo de extorsão em Minas, segundo as polícias Civil e Militar.

A vítima foi abordada por volta de 0h30 quando entrava com o carro na garagem de casa, localizada no bairro Dona Clara. Após apontar uma arma para o motorista, os criminosos entraram no carro e pediram que a vítima conduzisse em direção a Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Na altura da Praça da Cemig, os assaltantes ordenaram que a vítima fizesse um desvio em direção a um beco. No local determinado, a dupla mandou o motorista parar o carro e um dos criminosos retirou a máquina de cartões de crédito e débito. A vítima, então, foi obrigada a digitar a senha para concluir transações bancárias, sob a ameaça de ser morto caso errasse os dígitos – e, assim, bloqueasse o cartão.

Ao fim do processo, sempre sob a mira dos criminosos, o homem foi obrigado a concluir 11 operações bancárias, com diferentes valores, somando um total de R$ 7,7 mil. Na sequência, a dupla saiu do carro e ordenou que a vítima fosse embora.

Nova modalidade

Até a tarde desta segunda-feira, ninguém havia sido preso e os valores não haviam sido recuperados. Questionado, o porta-voz da Polícia Militar mineira,  o major Flávio Santiago, afirmou ao Bhaz desconhecer o uso da máquina em crimes pelo Estado.

“Não é algo corriqueiro ou usual esse tipo de roubo, justamente pela fragilidade do crime. Não consigo ver uma ação delituosa nesse sentido que haja anonimato. Mas, certamente, pela forma como o crime ocorreu, com o uso na maquininha de cartão, isso facilita muito o trabalho de monitoramento desses criminosos”, destacou.

A Polícia Civil também foi questionada e afirmou não haver registro de crimes com essa dinâmica em Minas Gerais. No entanto, outras localidades pelo Brasil já registraram crime semelhante, como, por exemplo, no interior de São Paulo, em Piracicaba, um assalto com essas mesmas características cometido no último 27 de janeiro.

Guilherme Scarpellini

Guilherme Scarpellini é redator de política e cidades no Portal BHAZ.

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