Edifício JK é tombado como patrimônio cultural de BH e moradores celebram: ‘Só alegria’

edifício jk
O Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural de BH aprovou, por unanimidade, o tombamento definitivo do conjunto habitacional (PBH/Divulgação)

Amado pelos belo-horizontinos, o Edifício JK, no Centro da capital mineira, ganhou um importante título nesta quarta-feira (27). Durante a tarde, o Conselho Deliberativo do Patrimônio Cultural do Município de Belo Horizonte aprovou, por unanimidade, o tombamento definitivo do Conjunto Habitacional Governador Juscelino Kubitschek, projetado pelo arquiteto Oscar Niemeyer.

Para a secretária municipal de Cultura e presidente da Fundação Municipal de Cultura, Fabíola Moulin, a construção é um marco arquitetônico em Belo Horizonte que merece o devido reconhecimento. “O tombamento definitivo garante a proteção deste bem cultural simbólico para a cidade. O Conjunto JK é uma referência nas novas formas de morar propostas pelo modernismo”, explica.

“Seu projeto revolucionário é referência quanto ao início da verticalização da cidade para uso residencial e inovou ao apresentar em seu projeto a proposta de reunir habitação, cultura, repartições públicas, entre outros serviços, em um só lugar. O JK faz parte da história da cidade e sua preservação interessa a todos”, acrescenta a secretária.

Mais de 70 anos de história

Parte da história e da paisagem urbana de Belo Horizonte desde os anos 1950, o Conjunto Governador Kubitschek foi projetado pelo famoso arquiteto Oscar Niemeyer, por encomenda do então governador mineiro Juscelino Kubitschek.

Sua proposta modernista traz o conceito de uma “cidade dentro da cidade”, já que sua construção tinha o objetivo de oferecer habitação, hotelaria e cultura aos belo-horizontinos – transformando seus hábitos e a forma como veem a cidade.

Com o tombamento, a ser publicado no Diário Oficial do Município nos próximos dias, os proprietários do Edifício JK ganharão uma série de benefícios. Os principais são a isenção de IPTU, o acesso às Leis de Incentivo à Cultura para inscrição de projetos de recuperação dos imóveis e a transferência do direito de construir, que dá o direito de alienar ou de exercer em outro local o potencial construtivo do lote.

Já que é pra tombar…

Pelas redes sociais, moradores do Edifício JK comemoraram o tombamento, cujo processo teve início há 14 anos. Em um post bem-humorado, que conta com uma versão animada do prédio dançando ao som de Karol Conka, os idealizadores do movimento Viva JK disseram que a espera valeu a pena.

“Hoje, 27 de abril de 2022, o JK foi tombado definitivamente. Pra quem quer viver num JK vivo, harmônico e plural, hoje é só alegria”, diz a legenda da publicação. “Que maravilha!!! Grande conquista! Parabéns a vocês que lutaram incansavelmente para que isso acontecesse”, comentou uma pessoa.

Com PBH

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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