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Federais prendem traficante solto por policiais suspeitos de corrupção em Minas

16/07/2022 às 15h01 - Atualizado em 16/07/2022 às 15h21
operação forseti
O suspeito responderá por tráfico de drogas e corrupção ativa (Polícia Federal/Divulgação)

A Polícia Federal prendeu na quinta (14) o último foragido da Operação Forseti, que desarticula um esquema de corrupção policial e tráfico de drogas em Minas Gerais. O suspeito foi localizado na regional Venda Nova, em Belo Horizonte.

Deflagrada em 28 de junho deste ano pela FICCO (Força Integrada de Combate ao Crime Organizado), a ação de combate ao crime é integrada pelas Polícias Civil, Militar, Penal Estadual e Penal Federal.

Na ocasião, o traficante foi preso em flagrante com 36 quilos de cocaína e deu dinheiro a policiais para que eles o soltasse e devolvessem a droga apreendida. Ele responderá por tráfico de drogas e corrupção ativa. Caso seja condenado, poderá cumprir até 32 anos de prisão, além de multa.

Entenda a operação policial

A Polícia Federal e a Corregedoria de Polícia Civil de Minas Gerais deflagraram, no último dia 28, uma operação para desarticular uma organização criminosa que praticava crimes de corrupção e tráfico de drogas.

As investigações apontaram que policiais da DEPATRI (Delegacia de Repressão ao Furto, Roubo e Desvio de Cargas), da PCMG (Polícia Civil de Minas Gerais) receberam dinheiro para interromper o procedimento investigativo sobre um homem preso em de Ribeirão das Neves.

O suspeito em questão estava com 36 quilos de cocaína, localizados dentro de uma casa usada pelo grupo criminoso como uma espécie de “laboratório” para o armazenamento, preparo e corte de drogas.

Drogas foram encontradas em casa de luxo (Polícia Federal/Divulgação)

Conforme apurado, a negociação envolveu a soltura do homem e a devolução das drogas apreendidas. Os policiais ainda estariam envolvidos com outros esquemas de corrupção, de tráfico de drogas e de lavagem de dinheiro, nos quais há a utilização de pessoas, físicas e jurídicas, para ocultar os valores obtidos como produto dos crimes.

No final do mês de junho, foram cumpridos mandados expedidos pela 2ª Vara de Tóxicos, Organização Criminosas e Lavagem de Dinheiro de Minas Gerais, sendo nove de prisão preventiva, 23 de busca e apreensão, seis afastamentos de policiais, bloqueio de valores em 23 contas bancárias de investigados e envolvidos, além do sequestro de 33 imóveis e de diversos veículos.

Os mandados estão sendo cumpridos em Belo Horizonte, Contagem, Nova Lima, Ibirité, Sarzedo, Sete Lagoas e Juiz de Fora, com a participação de 104 policiais, sendo 76 da Polícia Federal e 28 da Polícia Civil.

Forseti

Conforme a Polícia Federal, o nome da operação “Forseti” está relacionado à figura mitológica nórdica caracterizada pela representação da justiça e do conhecimento interior.

“Os presos ficarão à disposição da justiça e responderão pelos crimes de tráfico de drogas, previsto art. 33 da Lei 11.343/06, corrupção ativa, previsto no art. 333 do Código Penal e Lavagem de dinheiro, previsto no art. 1º da Lei 9613/98 e, se condenados, poderão cumprir até 37 anos de reclusão além de multa”, diz nota divulgada pela corporação.

Com Polícia Federal

Nicole Vasques

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.
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Nicole Vasques

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Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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