Compre dos pequenos! Feira virtual da UFMG reúne produtos de empreendedores locais durante quarentena

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Projeto é iniciativa de núcleo da UFMG (Mariana Rodovalho/Colmeia/ UFMG + Frederico Lamêgo/UFMG)

Dar oportunidade para as pessoas comprarem produtos variados, que vão de laços de fita para o cabelo, verduras frescas e orgânicas até bijuterias e cosméticos naturais. Tudo isso sem sair de casa, na segurança do distanciamento social, a medida mais eficaz de controle da pandemia do novo coronavírus: esta é a proposta da feira virtual organizada por um núcleo da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais).

A feira, organizada pelo Colmeia (Grupo de Pesquisa e Extensão em Economia Popular e Solidária da Faculdade de Ciências Econômicas), busca minimizar o impacto da pandemia da Covid-19 sobre a economia popular urbana, com a interrupção imediata da renda de mais de meio milhão de trabalhadores da Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Os produtos estão organizados em dois grandes grupos: alimentação agroecológica e cosméticos naturais (veja aqui) e artesanato e confecção (veja aqui).  Os catálogos vêm com todas as informações dos comerciantes, de modo que o cliente só precisa escolher o que pretende comprar e entrar em contato diretamente com o produtor.

Além das informações básicas e formas de contato, também dá para ver fotos dos produtos e fazer uma busca por região mais próxima ou área de produção, na versão planilha do catálogo (acesse aqui).  

Feira de economia popular e solidária realizada pela Colmeia (Mariana Rodovalho/Colmeia/UFMG)

E para o empreendedor que queira divulgar seus produtos na feira, basta preencher formulário eletrônico, disponível na página do Colmeia (acesse aqui) e atender alguns critérios, como o de reunir condições de fazer entrega em domicílio e obedecer às orientações do Ministério da Saúde sobre produção, armazenamento e envio de produtos.

Dependentes da mobilidade

Segundo a coordenadora do Colmeia, professora Sibelle Diniz, as atividades desses milhares de trabalhadores registram alto grau de informalidade e dependência da mobilidade em praças, feiras e ruas. “São atividades não assalariadas, mas cuja remuneração tem origem na venda de produtos e recebimento de diárias, realizadas por trabalhadores por conta própria, pequenos empreendimentos familiares e associados”, explica.

Diante desses aspectos, os pesquisadores propuseram medidas de curto e médio prazos, como a urgência do repasse da Renda Básica Emergencial (Projeto de Lei 698/2020) para as famílias integrantes da economia popular, e, especialmente, para as mulheres negras, grupo de maior vulnerabilidade.

Em nota técnica (leia aqui), assinada pela professora Sibelle Diniz e pelas estudantes da Face, Gabrielle Lima Silva e Mariana Rodovalho Guerci, essas recomendações são pontuadas, com base nos microdados da Pnad/IBGE 2018, do Sistema de Informações em Economia Solidária 2010/2012 e do Cadastro Único para Programas Sociais – CadÚnico para 2020, além de estudos de coletivos de pesquisa e extensão focados em grupos de trabalhadores da economia popular.

Vídeos informativos

Outra ação do Colmeia é a publicação de uma série de vídeos, com a participação de diversos pesquisadores, sobre os impactos da Covid-19. Os vídeos podem ser acessados no site.

O grupo também participará de outra iniciativa, proposta pela Pró-reitoria de Extensão, que consiste na elaboração de projeto para produção de cartilhas e vídeos direcionados aos trabalhadores da economia popular e solidária. “O objetivo é ajudar os empreendedores a fazer uso das ferramentas e plataformas de comercialização não presencial, uma rede que tende a permanecer depois da pandemia”, prevê Sibelle Diniz.

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