Filho com paralisia cerebral morre ao ser deixado sozinho e mãe é presa

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Mulher deixou filho sozinho em casa durante 7 horas, e ele acabou falecendo após cair da cama (Amanda Dias/BHAZ)

A Polícia Civil concluiu o inquérito da morte de um adolescente portador de paralisia cerebral, ocorrida no dia 13 de novembro do ano passado. Na ocasião, a mãe do jovem de 15 anos havia sido presa em flagrante pelo crime de abandono de incapaz com resultado em morte. O caso ocorreu no bairro Minas Caixa, por volta das 3h, quando o garoto estava sozinho.

De acordo com as investigações da Polícia Civil, a mãe do adolescente saiu com o namorado, às 20h, deixando o filho sozinho em casa. Quando ela retornou, às 3h, o garoto já estava sem vida. “Portanto, foi comprovado que a vítima ficou desacompanhada por no mínimo 7 horas, sendo deixada à própria sorte. Neste ínterim, de acordo com a perícia, o adolescente caiu da cama, sangrou e vomitou”, disse o delegado Lucas Nunes.

O delegado ainda contou que “devido à malformação congênita dos membros inferiores e superiores, a vítima não teve condições físicas de se levantar e voltar para a cama, falecendo no local”. Segundo Lucas Nunes, a mulher não acionou nenhum tipo de socorro quando chegou em casa e viu o corpo do filho.

De acordo com Nunes, a mulher tirou o corpo do filho do chão, alterando a cena, e foi para a casa do namorado. “Vale ressaltar que o caso não fora inesperado. As condutas da mulher, anteriores ao ocorrido, já demonstravam que ela se comportava perigosamente, sempre expondo a integridade física-psíquica da vítima”, relatou Lucas. Diante dos fatos, a mãe do adolescente acabou sendo indiciada pela morte dele.

Mãe já teria abandonado o filho

Conforme relato de testemunhas, a mulher já havia deixado o filho por cerca de três meses na casa da avó. Na ocasião, a polícia teve que intervir para que a mulher buscasse o garoto. A irmã da mulher chegou a pedir a guarda do menino, entretanto a mãe dele não permitiu. O motivo da negação teria sido a pensão que a vítima recebia, que era usada pela mulher para se sustentar.

Edição: Roberth Costa
Andreza Miranda[email protected]

Graduada em Jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2020. Participou de duas reportagens premiadas pela CDL/BH (2021 e 2022); de reportagem do projeto MonitorA, vencedor do Prêmio Cláudio Weber Abramo (2021); e de duas reportagens premiadas pelo Sebrae Minas (2021 e 2023).

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