O economista Fuad Noman (PSD) assumiu a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) nesta terça-feira (29), após a renúncia de Alexandre Kalil (PSD). Ele esteve na Câmara Municipal da capital mineira para oficializar a posse nesta manhã.
A reunião foi conduzida pela presidente da Câmara, Nely Aquino (Podemos), com leitura e assinatura do termo de posse pelo novo prefeito.
Ainda hoje, serão divulgados no DOM (Diário Oficial do Município) os dois novos secretários que assumirão a Saúde e a Superintendência de Mobilidade, após a saída de Jackson Machado Pinto e Maria Fernandes Caldas, respectivamente.
Possivelmente, também será publicado o nome do novo procurador-geral do município, depois da saída de Castellar Modesto Guimarães Filho.
Logo após a cerimônia de posse, o novo mandatário ainda assinou nova versão do projeto de lei que prevê uma redução de R$ 0,20 nas tarifas de ônibus da capital. Na última sexta-feira (25), a CMBH (Câmara Municipal de Belo Horizonte) devolveu o texto pela segunda vez, alegando que não houve alteração.
‘Mais importante desafio’
Em seu discurso de posse, Fuad Noman descorreu sobre sua trajetória profissional e exaltou ações da Prefeitura de Belo Horizonte nos últimos anos, reforçando investimentos em saúde, infraestrutura e educação.
“Estou aqui para dar início ao mais importante desafio da minha vida de homem público: assumir a prefeitura da minha amada Belo Horizonte. Onde eu nasci, passei minha infância, estudei, formei minha base familiar, emocional, cultural e afetiva”, declarou.
O novo prefeito disse contar com a CMBH como parceira para enfrentar os próximos dois anos e nove meses de mandato. Ele ainda falou sobre a pré-candidatura de Kalil ao governo estadual.
“Meu amigo Alexandre Kalil, conto sempre com sua amizade e parceria. Registro aqui meu desejo de que ele possa, se eleito, fazer por Minas o que fez por Belo Horizonte. Cada um de nós tem seu estilo, sua forma de pensar”, disse.
“Seguiremos o mesmo programa de governo, vou manter os planos e grande parte da equipe de Kalil para levarmos à frente nossos objetivos. Mas temos estilos de vida e de administração diferentes, que podem ser complementares”, completou Noman.
Quem é Fuad Noman?
Nascido em BH, Noman tem 74 anos e já passou pelas esferas do poder municipal, estadual e federal. Além de ser economista, ele ainda é autor dos romances “Cobiça” e “O Amargo e o Doce”, que se passam em Minas Gerais.
Bacharel em Ciências Econômicas pelo Ceub (Centro de Ensino Unificado de Brasília) e pós-graduado em Programação Econômica e Execução Orçamentária, o novo prefeito participou do primeiro mandato de Kalil não como vice, mas como secretário municipal de Fazenda.
Fuad Noman ingressou no serviço público ao passar em concurso do Banco Central do Brasil. Trabalhou no Ministério da Fazenda e na Secretaria do Tesouro Nacional, até se tornar secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República durante o governo de Fernando Henrique Cardoso.
Depois disso, atuou como consultor do FMI (Fundo Monetário Internacional) para o governo de Cabo Verde, na África, foi diretor do Banco do Brasil e presidente da Brasilprev.
De volta à esfera governamental, Noman foi secretário da Fazenda no primeiro mandato de Aécio Neves no Governo de Minas, entre 2003 e 2007, e secretário de Transporte e Obras Públicas no segundo mandato, entre 2007 e 2010.
Na administração estadual seguinte, de Antonio Anastasia, ele ainda ocupou o cargo de Secretário de Estado Extraordinário para a Coordenação de Investimentos. Também foi presidente da Gasmig (Companhia de Gás de Minas Gerais), além de atuar no setor privado como consultor financeiro.
No primeiro mandato de Alexandre Kalil, quando o vice-prefeito era Paulo Lamac, Fuad Noman foi nomeado secretário municipal de Fazenda, cargo que exerceu de 2017 até 2020. Já para o segundo mandato, Kalil o convidou para se candidatar a vice.
