Servidores da educação fazem manifestação na região central de BH e decidem manter greve

Divulgação/SindUTE

Na tarde desta terça (28), a região central da capital foi palco de mais uma manifestação. Os servidores estaduais de educação se reuniram na Praça da Assembleia contra a Reforma da Previdência e como forma de pressionar o governo Pimentel a cumprir acordos firmados com a categoria – reivindicações já cobradas no protesto do último dia 15.

Uma assembleia ocorrida durante a manifestação com os servidores presentes aprovou a continuidade da greve na rede estadual. “Minas Gerais continua em greve, contra a Reforma da Previdência (PEC 287). Essa é uma agenda nacional, faz parte de uma greve nacional da educação”, explica Beatriz Cerqueira, coordenadora geral do Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação de Minas Gerais (SindUTE).

“Aqui no caso do Estado, é a luta para que o Governo de Minas Gerais cumpra um acordo assinado em 2015, que tem o processo gradativo para se chegar ao valor do piso e o governo a partir desse ano ainda não cumpriu”, completa.

A manifestação iniciou na Praça da Assembleia, no bairro Santo Agostinho, e desceu as avenidas Olegário Maciel e Amazonas em direção à Praça Sete, no hipercentro. Por volta das 17h, o cruzamento das avenidas Amazonas e Afonso Pena foi fechado.

Por volta das 17h45, os manifestantes se deslocaram da Praça Sete rumo à Praça da Estação, ocupando a avenida dos Andradas sentido Rodoviária.

Trânsito

De acordo com o site de monitoramento de trânsito Maplink Belo Horizonte tinha, por volta das 17h55, 102km de congestionamento.

Por volta das 17h55, o trânsito era pesado na região do hipercentro (Reprodução/Maplink)

O trânsito é lento em basicamente todas as avenidas da região central. Em casos de vias bloqueadas, a BHTrans está orientando desvios aos motoristas.

Posicionamento do governo Estadual

De acordo com o SindUTE, a greve atingiu todo o Estado. A Secretaria Estadual de Educação informou que há um esforço em cumprir os itens do acordo firmado. O órgão alega que, em relação ao pagamento do piso salarial, foi acordado um reajuste de 31,78%, a ser pago até 2018 em três parcelas sob a forma de abono e posteriormente incorporadas ao vencimento básico.

A secretaria ainda afirma que em agosto deste ano haverá um novo abono, que será incorporado aos vencimentos em julho de 2018. O acordo do governo com a categoria é que em julho de 2018 todos os professores, com carga horária de 24 horas semanais, tenham o valor como vencimento correspondente ao piso nacional (estabelecido para carga horária de 40 horas semanais).

O governo ainda alega “limitações financeiras” e “implicações jurídicas” impostas pela Lei de Responsabilidade Fiscal como dificuldade para atingir o novo valor do Piso Nacional reajustado pelo MEC, mas garante o cumprimento do acordo firmado.

O órgão afirma também que outros itens do acordo – como a contratação de novos servidores e a realização de atos de aposentadoria – já foram cumpridos pelo governo.

Rodrigo Salgado

Repórter do Portal Bhaz.

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