Os trabalhadores do metrô de Belo Horizonte decidiram, em assembleia nesta sexta-feira (16), continuar em greve em reivindicação contra a privatização da CBTU-BH (Companhia Brasileira de Trens Urbanos). A paralisação teve início na quarta-feira (14) e segue por tempo indeterminado.
Na próxima segunda-feira (19), representantes do Sindimetro-MG (Sindicato dos Metroviários de Minas Gerais) vão se reunir em uma audiência de conciliação convocada pelo TRT (Tribunal Regional do Trabalho) para discutir a liminar concedida à CBTU-MG, que determina o funcionamento do metrô em escala mínima.
A determinação, que ainda não foi acatada pelos metroviários, estipula o funcionamento diário de 100% dos trens, em horários de pico. Assim, deverão circular das 5h30 às 12h e das 16h30 às 23h e, nos demais horários, 70%.
Além disso, o texto assinado pelo presidente do TRT-MG, desembargador Ricardo Mohallem, determina o funcionamento de 100% do serviço de segurança metroviária em período integral, durante a paralisação, observada a escala regular, para fins de “preservação da segurança dos usuários e do patrimônio” da CBTU.
Greve do metrô BH
Com a greve no Metrô de BH, as 19 estações da capital e região metropolitana estão fechadas desde quarta-feira. Servidores da CBTU-MG (Companhia Brasileira de Trens Urbanos de Minas Gerais) denunciam falta de transparência no processo de privatização da empresa.
Esta é a segunda greve geral da categoria neste ano. Em 25 de agosto, teve início outra paralisação da categoria, também contra a privatização, a possibilidade de demissões de servidores e o aumento das passagens.
Os metroviários pedem a manutenção do emprego de 1.600 trabalhadores concursados na companhia e exigem que o leilão de 22 de dezembro seja suspenso.
“O processo de privatização envolve vários detalhes que não estão claros para a população, para os meios de comunicação e mesmo para os trabalhadores da CBTU”, diz nota da categoria nessa terça-feira (13).