Um homem de 50 anos morreu no Centro de Belo Horizonte na tarde de hoje (12) após furtar dinheiro de um idoso. Ao BHAZ, o dono de uma loja de celulares disse que o homem passou mal enquanto era abordado por guardas municipais e morreu na porta do estabelecimento dele.
“Eu vi o rapaz sendo abordado, foi uma abordagem de rotina. Na sequência ele sentou na calçada e passou mal, tentaram reanimar ele, mas ele morreu. Não teve nenhum tipo de agressão contra ele não. Ele tentou furto, correu e a guarda abordou. Ele tá caído aqui na porta da minha loja até agora”, disse André Abreu.
A Guarda Municipal permanece no local com a suposta vítima do furto. Ao BHAZ, um dos agentes disse que no momento da abordagem tinham muitas pessoas em volta do autor e da vítima. A Guarda Municipal, contudo, descarta que tenha ocorrido linchamento.
“No momento da abordagem afastamos a população e fomos verbalizar com o autor e a vítima. Entre cinco e seis minutos depois da verbalização, o autor se sentou ainda conversando com a gente, disse que não era autor do roubo, e posteriormente começou a desfalecer. Ele caiu no chão e fomos fazer os primeiros socorros e percebemos que estava com batimentos fracos”, disse o guarda.
O homem recebeu socorros de uma médica e uma enfermeira que passavam pelo local. O Corpo de Bombeiros e Samu também estiveram no local, mas o homem não resistiu. “A perícia da Polícia Civil é que vai constatar a causa desse óbito”, explica o guarda municipal.
‘Fico com dó é da família’
Ao BHAZ, o idoso de 78 anos contou que estava na fila de uma lotérica prestes a pagar um boleto quando o homem se aproximou e enfiou a mão em um dos bolsos dele. O suspeito teria levado a identidade e R$ 550 da vítima, saindo correndo logo na sequência.
O idoso relata ainda que um pedestre deu uma rasteira no homem, que chegou a cair ao chão. Antes, no entanto, ele teria se livrado do documento e da quantia, jogando tudo para trás.
Segundo conta, pedestres teriam imobilizado o suspeito até a chegada de guardas municipais. Após a abordagem dos agentes, o homem teria passado mal e morrido cerca de 30 minutos depois.
“Eu tenho dó é da família, dele eu não tenho dó, se me machucasse ou me matasse? seria pior né, mas Deus é bom pai e sabe o que faz”, disse o idoso.