Familiares de pessoas assassinadas durante a ditadura militar no Brasil organizaram um ato para homenagear os desaparecidos e os parentes dessas vítimas que “continuam aqui”. A ação ocorreu na manhã desse sábado (11), na Praça da Liberdade, região Centro-Sul de Belo Horizonte.
Ao BHAZ, Pedro Alexandrino Martins conta que o nome e o ato foram inspirados no filme “Ainda Estou Aqui”, de Walter Salles e que tem como protagonista a ganhadora do Globo de Ouro, Fernanda Torres. “O filme trouxe visibilidade mundial à causa que há décadas reivindicamos: a memória de quem lutou e resistiu, a verdade sobre o que ocorreu e a justiça para os que foram mortos”, afirma.
Martins é produtor cultural integrante do Coletivo Alvorada, que organizou a homenagem. Ele explica que leva o nome e sobrenome do tio: Pedro Alexandrino Oliveira Filho, conhecido como “Peri”, que despareceu durante a ditadura militar brasileira. “Nós sabemos que ele morreu e nunca tivemos respostas sobre o paradeiro do corpo dele. Hoje, lutamos pela memória do meu tio e para descobrir a verdade do que aconteceu”, afirma.
O protesto reuniu parentes de cinco famílias, que estenderam um tapete vermelho e levaram cartazes com os rostos e nomes das vítimas. De acordo com o produtor, o intuito da homenagem é também: “proteger a democracia e seus valores fundamentais, defender os direitos humanos e a dignidade, promover a liberdade de expressão e o pensamento crítico, honrar a memória dos que lutaram pela liberdade”.
