Investigada junto com Pimentel, primeira-dama de MG tem nomeação suspensa pela Justiça

A nomeação da primeira-dama de Minas Gerais, Carolina de Oliveira Pereira Pimentel, para o cargo de secretária de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social foi suspensa por uma liminar da Justiça, nesta quinta (12). A decisão foi tomada pelo juiz Michel Curi e Silva, da 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual. Substituindo André Quintão (PT), a nomeação de Carolina havia sido publicada no Diário Oficial do estado no fim de abril.

O governador Fernando Pimentel (PT) e sua mulher, são alvos da Operação Acrônimo, que apura um suposto esquema de lavagem de dinheiro e irregularidades em campanhas eleitorais. A Polícia Federal (PF) investiga se a primeira-dama manteve uma empresa de fachada no Distrito Federal, usada pela organização do empresário Benedito de Oliveira.

Para o governo de Minas, não houve qualquer notificação ou intimação para prestar esclarecimentos. “O governador, a secretária de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social ou a Advocacia-Geral do Estado (AGE) não receberam nenhuma notificação ou manifestação oficial do Poder Judiciário sobre o assunto”, diz nota divulgada pelo Executivo estadual. A assessoria do governo ainda disse que a AGE vai recorrer da decisão e lamentou que “um assunto de tamanha importância tenha sido tratado de forma precipitada e parcial”.

Este pedido foi feito pelos deputados Felipe Attiê (PTB), Bonifácio Mourão (PSDB), Luiz Humberto Carneiro (PSDB) e Tito Torres (PSDB). A determinação foi tomada em uma das ações populares encaminhadas à Justiça mineira. O juiz diz que sua decisão foi baseada no “fato de tratar-se da mais próxima e íntima parente do Senhor Governador (sua esposa), somado aos fatos de que ela se encontra na situação de “alvo” em conhecida investigação da Polícia Federal e de que as diversas ações populares asseveraram que o intuito da nomeação foi o de tentar beneficiar a própria esposa, valendo-se de um mandato popular”.

Acrônimo
O sigilo do processo que envolve o governador de Minas Gerais foi quebrado pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Ele foi denunciado no dia 6 de maio pela Procuradoria-Geral da República (PGR) pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, em razão de fatos apurados na Acrônimo.

Após a PF apreender R$ 116 mil com três pessoas em uma aeronave particular no aeroporto internacional Juscelino Kubitschek, em Brasília, a operação foi deflagrada em outubro de 2014. Na ocasião, a Polícia Federal abriu inquérito para investigar suposta lavagem de dinheiro.

Do Brasil Poder

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