O jovem Walace Junio Moreira Maciel, de 22 anos, foi localizado na noite desse sábado, após ficar dois dias desaparecido. Familiares procuravam por ele desde quinta-feira (3), quando foi visto, pela última vez, na estação Vilarinho, em Venda Nova. Antes de sumir, o jovem entregou um caderno para a tia com cartas de despedida.
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Walace contou para a família que ele fugiu por uma rodovia da região, onde começou a caminhar sem destino definido. Ele disse que foi assaltado e agredido enquanto caminhava pelo local.
O jovem conta que, após ser agredido, andou até a casa de uma tia, em Ribeirão das Neves, na região metropolitana de Belo Horizonte, onde foi recebido por familiares.
“Ele chegou lá sujo, descalço, com fome e confuso. Pediu perdão por ter saído e não ter avisado o que faria. Contou que pretendia fazer mal a si mesmo, mas que pensou na família, no pai e desistiu”, contou a tia de Walace, Shirlene Moreira ao BHAZ.
Walace foi levado para o Hospital Risoleta Neves, em Venda Nova, onde passou a noite internado em observação. E, neste domingo (6), finalmente pôde retornar para casa do pai.
Prevenção
Ligações para o Centro de Valorização da Vida (CVV), que auxilia na prevenção do suicídio, passaram a ser gratuitas em todo o país em julho do ano passado. Um acordo de cooperação técnica com o Ministério da Saúde, assinado em 2017, permitiu o acesso gratuito ao serviço, prestado pelo telefone 188.
Por meio do número, pessoas que sofrem de ansiedade, depressão ou que correm risco de cometer suicídio conversam com voluntários da instituição e são aconselhados. Antes, o serviço era cobrado e prestado por meio do 141.
A ligação gratuita para o CVV começou a ser implantada em Santa Maria (RS), há quatro anos, após o incêndio na boate Kiss, que matou 242 jovens. O centro existe há 55 anos e tem mais de 2 mil voluntários atuando na prevenção ao suicídio. A assistência também é prestada pessoalmente, por e-mail ou chat.