Jovem é preso em BH após torturar mulheres, filmar e divulgar agressões nas redes

PCMG prende suspeito de tortura
Segundo a Polícia Civil, ele está sendo investigado por atuar em um ‘tribunal do crime’, no aglomerado da Vila Bernadete (Yuran Khan/BHAZ)

Um jovem de 19 anos foi preso em Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, suspeito de torturar três mulheres. Segundo a Polícia Civil, ele é investigado por atuar em um “tribunal do crime”, no aglomerado da Vila Bernadete, em Belo Horizonte. O mandado de prisão foi cumprido na última sexta-feira (20).

Além do preso, outros dois homens teriam participado da tortura. As vítimas, de 39, 42 e 54 anos, foram atingidas com golpes de correia e mangueira. As agressões ainda foram filmadas e publicadas nas redes sociais dos criminosos.

As investigações tiveram início em março deste ano, depois que a polícia teve acesso aos vídeos. Um segundo envolvido no caso já foi identificado e possui mandado de prisão em aberto.

“A partir daí [das imagens], conseguimos identificar dois indivíduos que torturaram três vítimas mulheres no aglomerado. Os suspeitos criaram uma espécie de tribunal no local para punir, com castigos pessoais, moradores que tentavam impedir a atuação do tráfico de drogas ou coibir práticas de crimes”, explica Túlio Leno, titular da 2ª Delegacia de Polícia Civil do Barreiro.

‘Tribunal do crime’

Ainda segundo ele, o crime foi motivado por um desentendimento das vítimas com uma quarta mulher, ainda não identificada. “Essa mulher, ao invés de procurar os órgãos oficiais de segurança pública, recorreu ao grupo criminoso que aplicou o castigo no trio”, conta.

De acordo com o delegado regional do Barreiro, Rômulo Dias, o aglomerado onde ocorreu o crime é considerado um local pacificado e com constante ação das polícias. “A Vila Bernadete, hoje, é um local onde as forças de segurança do Estado estão agindo de forma recorrente. Esses vídeos foram gravados no momento em que as viaturas estavam em outro local”.

Os suspeitos irão responder pelos crimes de tortura e associação criminosa. A investigação continua com o objetivo de identificar outros integrantes do grupo criminoso.

Com PCMG

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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