Mesmo com a suspensão das aulas da educação municipal ao longo desta semana, os professores da educação infantil seguem em greve e acampados na porta de Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) esperando uma reunião com o prefeito Alexandre Kalil (PHS).
Em entrevista, na manhã desta segunda-feira (28), Kalil ameaçou retirar a ultima proposta feita aos professores caso eles não voltem às salas de aula na próxima segunda-feira (4).
“A negociação está aberta desde que eles entraram em greve. A novidade é que, se não voltarem para a sala de aula na segunda e esperarem 24h para se reunir com o prefeito, a proposta de 20% de aumento salarial e a elevação de quatro níveis de carreira, dos nove pretendidos por eles, será retirada. Além disso, não haverá uma nova negociação em dezembro, conforme combinado”, disse o prefeito.
Professores mantém posição
Em conversa com o Bhaz, a professora Paula Dalferro, que faz parte da frente de greve, afirmou que o prefeito ainda não apresentou uma proposta concreta para os profissionais.
“Ele não nos atende, já enviamos ofícios e ele sequer dá um retorno, nem mesmo aos vereadores que estão conosco. Não queremos que ele venha nos ver, queremos um oficio com a verdade e prazos específicos para ser apresentado na assembleia”, diz a professora.
A próxima assembleia dos professores será realizada nesta terça-feira (29), às 8h30.
Em relação a retirada da proposta da PBH, a professora explica que não é uma novidade para os profissionais. “O Kalil já retirou esse Projeto de Lei (PL), desde quando a greve começou. O que queremos é uma resposta para os ofícios enviados. Esse aumento que ele diz é de um nível dentro de uma PL que já contemplava três. Não é isso que solicitamos. Nós pedimos por um plano de carreira”, afirma Paula.
Não tem volta
Em relação ao pedido de Kalil para que os professores voltem para a sala de aula, o posicionamento é negativo. “Não cogitamos voltar para a sala, pois, é complicado retomar as aulas sendo que não sabemos qual será a proposta apresentada pela prefeitura. Se for uma proposta ruim, nós vamos retirar as crianças de sala e retomar a greve? Nós priorizamos o aluno. Vamos esperar uma reunião com o Kalil ou um ofício dele para ser debatido na assembleia”, conclui a professora.