Kalil sugere que população espanque assaltantes de centro de saúde e manda recado a Bolsonaro

Prefeito Alexandre Kalil ao lado do secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, na inauguração de nova unidade do Centro de Saúde Vera Cruz (Amira Hissa/PBH)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), criticou nesta sexta-feira (9) os frequentes assaltos e invasões aos centros de saúde da capital. Em entrevista durante a inauguração do Centro de Saúde do Vera Cruz, o chefe do executivo municipal se mostrou incomodado com a situação e sugeriu que a população espancasse os criminosos que roubam os centros. Além disso, Kalil mandou um recado ao presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) sobre a situação do país.

“Centro de saúde é lugar de médico, de atendente, doentes e pessoas que precisa de ajuda. Quanto a vandalismo e assalto, é coisa de polícia, que tem que investigar e da prefeitura que vai lá consertar”, disse o prefeito. “Agora, eu sou a favor e não posso falar. Isso não é por polícia não. É pegar um cara que está invadindo posto de saúde, levar para um canto e espancar ele”, complementa.

Em outro trecho da fala, Kalil alfinetou os políticos envolvidos em esquemas de corrupção e as prisões ocorridas por conta de uma das ações da Operação Lava Jato em Minas, nesta sexta-feira. “O mineiro precisa parar de olhar o que é feito de ruim, pois estamos em meio a maior roubalheira que imperou na saúde do Brasil, dando uma a demonstração de que, se não roubar e não deixar roubar, dá para ajudar as pessoas que precisam. Porque aqui, enquanto está todo mundo está sendo preso, nós estamos inaugurando atendimento para quem precisa e ajudando os outros”, afirmou o gestor municipal.

Após isso, o chefe do executivo mandou um recado ao presidente eleito Jair Bolsonaro. “Ninguém é melhor que ninguém, somos todos iguais. Não tem coisa de esquerda e direita, isso é coisa de bobo alegre. A questão é quem tem coração e quem não tem, não depende de ideologia. O presidente que está vindo aí tem de saber que este país precisa de ajuda. Teve 60 milhões de votos, não foi de nego (sic) de revólver na cintura querendo matar os outros não, foram de pobres que precisam de médico, educação e segurança”, disse Kalil.

O prefeito exaltou ainda o trabalho de sua gestão diante da saúde da capital diante da atual situação do país. “Nós estamos inaugurando um centro de 1 mil m², para atender 20 mil pessoas, mergulhado na maior crise que esse país já viu. O que a população precisa saber, e é muito importante, é que estamos aqui há quase de dois anos e não falta remédio, não falta médico e não tem escândalo em nenhum setor da saúde”, ressalta.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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