Kalil diz que terá encontro ‘urgente’ com Bolsonaro para ‘buscar dinheiro’

Rodrigo Clemente/PBH

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), afirmou que se encontrará em caráter de “urgência” com o presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) para “buscar dinheiro” para a capital. A afirmação ocorreu durante visita do chefe do Executivo ao Restaurante Popular Josué de Castro, localizado na da Área Hospitalar, nesta segunda-feira (12), onde apresentou novidades para a unidade.

Além do capitão da reserva, quem também receberá o prefeito nos próximos dias é Romeu Zema (Novo). Junto ao futuro governador de Minas Gerais, Kalil pretende “que ele pague o que deve à Prefeitura de Belo Horizonte”, disse ele, destacando que vai esperar um posicionamento do candidato eleito para que o encontro ocorra.

Indagado sobre o valor da dívida do Estado com o município ele foi sucinto: “Alguns milhões, mas deve dar uma conta de R$ 500 milhões”, afirmou Kalil.

Chapa entre Kalil e PT

O Partido dos Trabalhadores (PT) também foi tema durante a rápida coletiva do prefeito em frente ao Restaurante Popular. Sobre a hipótese de haver uma chapa entre Kalil e o PT nas eleições municipais de 2020 devido à impopularidade do partido na capital mineira, o chefe do Executivo disse: “O PT é muito pretensioso e deveria ter se acostumado com a coça que levou aqui em Belo Horizonte”.

Políticos corruptos

Na última semana, durante a inauguração do Centro de Saúde do Vera Cruz, o prefeito sugeriu que a população espancasse os criminosos que roubam as unidades de saúde da capital. “É pegar um cara que está invadindo posto de saúde, levar para um canto e espancar ele”, disse.

Já nesta segunda-feira (12), ele foi questionado sobre o que fazer com políticos que provocam “vandalismos” com dinheiro público. “Cadeia”, disse, apresentando a solução. “Isso já está acontecendo e parece que não vai parar. Uma caneta poderosa na mão de um canalha é muito pior que um revólver”, ponderou Kalil.

Plano Diretor

As críticas feitas pelo vice-presidente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) Teodomiro Diniz sobre o Plano Diretor de BH também foi abordado por Kalil na rápida conversa com jornalistas.

Teodomiro Diniz teria dito, em um evento na semana passada, acreditar que, caso a votação passe na Câmara, o prefeito será conhecido como aquele que aprovou a lei que vai tirar a habitação das pessoas. “A época de ameaçar político já acabou. Ele [Teodomiro] é um homem técnico e poderia ter usado um pouco mais de sua técnica, que é muito frágil, para falar sobre esse caso”, rebateu o prefeito.

O Plano Diretor de BH tem sido assunto recorrente nas últimas semanas devido à possível aprovação. Ele altera a Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo de Belo Horizonte.

Chuva na capital

O período chuvoso na capital mineira foi destacado por Kalil como algo que preocupa a administração municipal. “Desde maio temos projetos preventivos e para o próximo ano estamos com R$ 1 bilhão de obras para serem liberadas em saneamento básico”, disse.

Apesar dos esforços feitos em sua gestão para diminuir os impactos das chuvas, Kalil acredita que o caso só sera resolvido em “algumas gerações de prefeitos”. “Vamos torcer para a prevenção dar certo e que as próximas frentes [frias, causadoras das chuvas] sejam amenas”, concluiu.

Vitor Fórneas[email protected]

Repórter do BHAZ de maio de 2017 a dezembro de 2021. Jornalista graduado pelo UniBH (Centro Universitário de Belo Horizonte) e com atuação focada nas editorias de Cidades e Política. Teve reportagens agraciadas nos prêmios CDL (2018, 2019 e 2020), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

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