Kalil gasta R$ 30,6 mil da Prefeitura de BH com frete de avião para viagem a Brasília

Kalil

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PHS), gastou R$ 30,6 mil no fretamento de uma aeronave para uma viagem de um dia a Brasília, junto do secretário municipal de Saúde, Jackson Machado, para uma reunião com o Ministro de Estado de Saúde, Gilberto Occhi. O gasto foi divulgado no Diário Oficial do Município nesta quinta-feira (21).

Esta é a segunda vez, em menos de um mês, em que o prefeito se envolve em polêmicas sobre o alto gasto para fretamento de aeronaves. Há duas semanas, Kalil assumiu a responsabilidade do valor de R$ 63,1 mil para uma viagem do procurador geral da PBH a Brasília para um encontro com o Ministro do Supremo Tribunal Federal, Luis Roberto Barroso. A prefeitura, na época, justificou o gasto por ser uma viagem de última hora.

Prefeitura responde

Em nota, a prefeitura justificou o gasto do prefeito. Segundo a PBH, tanto o prefeito quanto os técnicos da Prefeitura de Belo Horizonte utilizam, na maioria absoluta das viagens, voos comerciais. Ainda de acordo com a prefeitura, desde 2017, apenas três voos foram fretados para atender ao prefeito em compromissos marcados de última hora.

“Da mesma forma que as despesas empregadas na viagem do procurador, nesta, os ganhos da Prefeitura foram suficientes para justificar os gastos. Foi assinada a prorrogação do convênio 3030/2007 entre Belo Horizonte e o Ministério da Saúde, no valor de R$5.250.614,50 para a reforma da URS-Padre Eustáquio.

Também foi aberta uma negociação de aproximadamente R$25 milhões para o programa Qualifica UBS. Foi um gasto de R$30 mil para um ganho certo de 5,25 milhões e provável de outros 25 milhões”, diz a PBH.

Questionada sobre a divergência de valores entre as duas viagens (R$ 30,6 mil e R$ 63,1 mil) com o mesmo destino, a prefeitura respondeu que o valor dos fretamentos pode sofrer variação.

“pode variar em função do prazo que se requisita a aeronave, da disponibilidade de aeronaves em Belo Horizonte, do tempo que a aeronave ficará à disposição da Prefeitura.

“Há que se considerar os custos dos pilotos (horas trabalhadas); de Hangar; dos aeroportos utilizados, do tempo de permanência em cada aeroporto, aeroportos de origem e destino, se a aeronave faz mais voos durante o tempo que as autoridades permaneceram em Brasília (ganho de escala)”, finaliza a PBH.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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