Kalil suspende aulas, fecha parques e feiras para conter coronavírus

Kalil medida coronavírus BH
Kalil se reuniu com secretários e especialistas antes de anunciar decisões (Amira Hissa/BHAZ)

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), anunciou na tarde desta terça-feira (17) quais serão as medidas adotadas pela prefeitura para conter o avanço do surto do novo coronavírus na capital. Entre as ações estão: a interrupção das aulas na rede municipal de ensino, esvaziamento de prédios da gestão, fechamento de clubes, parques e suspensão de feiras e do BH é da Gente.

“A cidade não vai parar, estamos falando aqui de esvaziamento de contato. Não é ponto facultativo, não é férias. Vai todo mundo continuar trabalhando de casa. Chega de achar que é bobagem. Peço, pelo amor de Deus, vamos ter responsabilidade. Não matem seus pais, seu avós e seus tios. Eu faço parte do grupo de risco, tenho 60 anos e não quero morrer, ainda mais por conta de irresponsabilidade”, disse Kalil em transmissão feita pelo Facebook.

De acordo com o prefeito, todos os prédios que comportam o funcionalismo público municipal serão esvaziados e os servidores trabalharão remotamente. Ainda segundo Kalil, somente a Secretaria de Saúde, a segurança e o gabinete de crise instaurado por ele, continuarão em pleno funcionamento durante o período de avanço da doença.

A principal medida é a interrupção das aulas a partir da próxima quinta-feira (19). Essa é a segunda vez somente neste ano que a Educação é afetada por períodos de crise. O início das atividades letivas também foi atrasado em BH por conta das fortes chuvas que atingiram a cidade em janeiro e fevereiro.

Para reforçar o atendimento à saúde, Kalil disse que os funcionários em férias serão convocados a retornar aos postos de trabalho. A Secretaria de Saúde vai definir, junto aos cemitérios da capital, regras para velórios e enterros.

Os espaços como bibliotecas, museus, centros culturais, parques e o zoológico de BH estão fechados. Locais com aglomeração de pessoas como clubes e feiras também estão impedidos de funcionar. Programas de utilização do espaço público, como o BH é da Gente, que ocorre em todas as regionais, nos fins de semana, também está suspenso.

Os restaurantes populares continuarão funcionando, porém em uma dinâmica mais ágil para evitar o contato entre as pessoas e a proliferação do vírus. “Entrou, pega a ficha, pega o almoço e sai”, diz Kalil.

“O que estamos vivendo é muito grave, é outro desastre incontrolável. Pelo amor de Deus, nós mineiros somos diferentes, temos responsabilidade e somos reconhecidos por isso, quero pedir a todos que respeitem o momento. Vamos vencer mais essa batalha, e não falo isso como prefeito, falo como cidadão”, acrescentou o prefeito.

Rafael D'Oliveira[email protected]

Repórter do BHAZ desde janeiro de 2017. Formado em Jornalismo e com mais de cinco anos de experiência em coberturas políticas, econômicas e da editoria de Cidades. Pós-graduando em Poder Legislativo e Políticas Públicas na Escola Legislativa.

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