Mais R$ 16 milhões: tratamento de água da Lagoa da Pampulha será retomado

Rodrigo Clemente/PBH

Os serviços de tratamento das águas da Lagoa da Pampulha devem ser retomados nos próximos dias. A Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) afirmou, durante audiência pública da Comissão de Meio Ambiente e Política Urbana, nessa segunda-feira (24), que o Consórcio Pampulha Viva será contratado para dar continuidade aos trabalhos.

Serão investidos, durante 12 meses, R$ 16 milhões para melhorar a qualidade das águas da lagoa. A contratação da empresa ocorrerá assim que os trâmites burocráticos estiverem finalizados.

Com o objetivo de degradar o excesso de matéria orgânica, reduzir a presença de coliformes fecais, promover a redução do fósforo e controlar a floração de algas serão aplicadas remediadores na lagoa. Entre 2016 a 2018, o mesmo tratamento foi utilizado na lagoa e o investimento foi de R$ 36 milhões.

De acordo com a PBH, durante este último tratamento, a qualidade da água chegou ao nível desejado, sendo categorizada como classe 3. Esta categoria faz com que a água fique apta à recreação de contato secundário, como a prática de esportes náuticos; pesca amadora; consumo humano, após tratamento convencional ou avançado; e à irrigação de plantas e consumo animal.

Devido a suspensão do tratamento a qualidade da água piorou novamente, ainda que não tenha voltado ao mesmo nível em que se encontrava antes dos uso dos remediadores. A expectativa da PBH é que em até seis meses após o reinício do tratamento a água volte a poder ser categorizada na classe 3. A suspensão dos trabalhos ocorreu por conta do encerramento do contrato anterior.

Problemas na Lagoa

Para a PBH, os principais problemas da Lagoa da Pampulha são:

  • Excesso de matéria orgânica e nutrientes na água, causados pelo aporte de esgotos sanitários e resíduos sólidos durante décadas;
  • Assoreamento, com aporte anual de cerca de 115 mil m³ de sedimentos, resultando na redução do espelho d’água e da capacidade de amortecimento dos picos das cheias;
  • Poluição flutuante por resíduos sólidos urbanos lançados na lagoa e em seus afluentes;
  • Deficiências no sistema de esgotamento sanitário da bacia, seja porque existem áreas não atendidas, seja pela não adesão em áreas atendidas pelo sistema de esgotamento sanitário.

Além dos trabalhos que serão realizados pelo Pampulha Viva outras ações vêm sendo tomadas para possibilitar a reabilitação da lagoa. A Copasa, por exemplo, informa que 95% do esgoto já não é lançado nos córregos afluentes.

Já a Prefeitura explicou que são removidos por dia de 10 a 20 toneladas de resíduos flutuantes da lagoa por meio de um contrato iniciado em 2016 e que vai até 2019. Ainda foi informada que, de setembro deste ano até 2023, serão retirados aproximadamente 460 mil m³ cúbicos de sedimentos da lagoa a um investimento previsto em R$34 milhões.

Da CMBH

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