Máfia azul faz ‘mutirão’ de testagem contra Covid com tipo errado e tem sede interditada pela PBH

máfia azul
A convocação de torcedores para a testagem rápida foi feita pelas redes sociais da Máfia Azul (Reprodução/@mafiaazuloficial/Instagram)

A sede da torcida organizada Máfia Azul, do Cruzeiro, foi interditada nesta sexta-feira (20), após um erro em um mutirão de testes contra Covid-19 para torcedores que pretendiam ir ao jogo desta noite contra o Confiança, pela série B do Campeonato Brasileiro. A mobilização aconteceu ontem (19) no espaço que fica na região Centro-Sul da capital. Dezenas de torcedores se submeteram à testagem rápida – feita por meio de coleta de sangue. O problema é que esse tipo de exame não está entre os aceitos pelo Mineirão para liberar a entrada de torcedores.

Procurada pelo BHAZ, a PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) esclareceu que “o teste que estava sendo realizado não é o adequado para identificar pacientes assintomáticos ou sintomáticos que estejam com o vírus e, por esta razão, não é aceito”. Além disso, a prefeitura explicou que o local foi fechado “por não ter licenciamento da Vigilância Sanitária para tal atividade e por estar aplicando teste indevido para o protocolo requerido” (leia a íntegra no fim da matéria).

Na tarde de hoje, o Mineirão ressaltou, pelas redes sociais, quais são os tipos de testes aceitos para a entrada dos torcedores no estádio. “Atenção: Para acessar o estádio, os torcedores devem apresentar Teste Rápido de Antígenos ou RT-PCR negativos para Covid”. Até o momento, a Máfia Azul não se manifestou sobre o ocorrido.

Convocação pelas redes sociais

Desde ontem (19), os perfis da torcida organizada estavam convocando cruzeirenses para a realização de uma testagem em massa na sede. Segundo a Máfia Azul, os testes estavam sendo oferecidos em uma “super promoção”, em parceria com um laboratório parceiro.

“A Torcida Máfia Azul em parceria com o Laboratório Ma+s Saúde vão estar fazendo na sede da torcida nesta quinta e sexta-feira de 10h às 18h o teste de Covid para o torcedor cruzeirense que estará presente na Toca 3. O valor do teste em super promoção saindo por apenas $25.00. Ótima iniciativa, preço acessível pra todos os torcedores!”, diz o comunicado.

Já na manhã de hoje, a diretoria da Máfia Azul anunciou que, devido à grande procura, os testes foram esgotados e orientaram aos demais torcedores que procurassem outros laboratórios para se submeter ao exame.

Torcedores se revoltam

Pelas redes sociais, diversos cruzeirenses contam que estão correndo contra o tempo para fazerem uma nova testagem antes da partida, que será realizada às 21h30. Perfis criados por torcedores estão se mobilizando para compartilhar informações sobre os exames adequados para a entrada no estádio.

“Atenção!!! Quem fez teste lá na Máfia Azul: Não vai valer. Corre pra um laboratório e faz o de antígeno, de cotonete!”, anuncia um perfil dedicado ao Cruzeiro.

“Faltando 5h pro jogo Cruzeiro x Confiança com a presença de público, algumas pessoas fizeram teste com a Máfia Azul. Esses testes não vão ser aceitos para a liberação da sua entrada no horário do jogo. Detalhes dos locais aonde estão realizando os testes certos”, compartilhou outro cruzeirense.

Nota da PBH na íntegra

“A Prefeitura de Belo Horizonte informa que o teste que estava sendo realizado não é o adequado para identificar pacientes assintomáticos ou sintomáticos que estejam com o vírus e, por esta razão, não é aceito. Conforme o protocolo da Prefeitura, não está autorizada a entrada de pessoas no estádio sem a entrega do resultado negativo para a Covid-19 em teste dos tipos RT-PCR ou Teste Rápido de Antígeno realizados até setenta e duas horas antes do jogo.

O local foi interditado por não ter licenciamento da Vigilância Sanitária para tal atividade e por estar aplicando teste indevido para o protocolo requerido.

Todas as regras do protocolo estão disponibilizadas em: https://prefeitura.pbh.gov.br/sites/default/files/estrutura-de-governo/planejamento/2021/pbh-futebol-1920×1080.pdf“.

Edição: Giovanna Fávero
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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