‘Se um pai bater na filha é crime?’: Menina denuncia agressões à professora e polícia é acionada em BH

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À polícia, a menina disse ter levado chineladas do pai por não ter passado a limpo os deveres em um caderno (Reprodução/Google Street View)

Após mais uma rotineira manhã de aulas em uma escola da rede municipal de ensino em Belo Horizonte, uma professora foi confrontada com um questionamento no mínimo perturbador vindo de uma das alunas. “Professora, se um pai bater na filha é crime?”, perguntou uma menina de 10 anos à docente, nessa quinta-feira (5), que balançou a cabeça em confirmação.

Preocupada com o bem-estar da aluna, a profissional logo comunicou o episódio à coordenação da escola, localizada no bairro Indaiá, na região da Pampulha. A Polícia Militar foi acionada e, às autoridades, a menina disse ter levado chineladas do pai nessa quarta-feira (4) por não ter passado a limpo os deveres em um caderno.

O homem, 36, ainda teria afirmado, na ocasião, que se tivesse que bater nela novamente, “teriam que chamar a polícia”. Segundo a ocorrência policial, a menina mostrou as marcas da agressão à coordenadora da instituição e pediu para que o pai não ficasse sabendo da denúncia, pois ficaria nervoso com ela.

Pai está foragido

A avó da menina, de 68 anos, contou aos policiais que estava em casa no momento da agressão, mas que não a presenciou. Ao ouvir o choro da menina, a idosa correu para o quarto e viu o pai da criança bastante nervoso e, por isso, preferiu não questionar o que houve, a fim de evitar um atrito com ele.

A Polícia Militar realizou diligência a fim de localizar o autor, mas ele se encontra foragido. A vítima foi encaminhada para a UPA (Unidade de Pronto Atendimento) Norte, onde passou por exames médicos. O Conselho Tutelar também foi acionado.

Ao BHAZ, a Polícia Civil informou que instaurou um inquérito policial, a ser conduzido na Dopcad (Delegacia Policia Civil – Criança e Adolescente), em Belo Horizonte. “Outras informações serão repassadas em momento oportuno para não prejudicar as investigações”, explica a corporação.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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