Mercado Central de BH: O que não pode ficar de fora da sua visita

mercado central BH
O Mercado Central de Belo Horizonte foi inaugurado em setembro de 1929 (Amanda Dias/BHAZ)

O Mercado Central de BH é um dos principais pontos turísticos da capital mineira. Um espaço que abriga o melhor da culinária, crenças, tradições e aromas da cultura do estado.

Inaugurado em 7 de setembro de 1929, o local nasceu com a finalidade de abastecer a jovem Belo Horizonte, com apenas 31 anos à época e cerca de 47 mil habitantes.

Hoje, com 24 mil metros quadrados, o mercado tem 400 lojas, que empregam diretamente 2.850 funcionários. Mensalmente, cerca de 1,2 milhão de pessoas passam pelo local, seja para tomar uma cerveja acompanhada de fígado com jiló no Bar da Lora, pra saborear um quitute no Ponto da Empada ou comprar um queijo do Serro ou da Canastra. Tem ainda bacalhau, pimenta, artesanato, frutas das mais variadas, chás e muito mais.

Em janeiro de 2016, o Mercado Central de BH apareceu em terceiro lugar entre os melhores mercados do mundo, segundo a revista de bordo TAM nas Nuvens. O local ficou atrás apenas do Mercat de la Boqueria, em Barcelona, e o Borough Market, que fica em Londres.

O BHAZ preparou um guia para você visitar e conhecer as principais lojas e não se perder no labirinto dos corredores do local. Bora nessa viagem?

Onde comer e o que fazer no Mercado Central de BH?

Que tal conhecer um pouco das melhores e mais tradicionais lojas do Mercado Central? Fomos até lá pra bater um papo com os proprietários de lugares imperdíveis desse espaço quase centenário. Nas linhas abaixo, você conhece um pouco de cada espaço e fica por dentro das histórias que rondam o local.

Comercial Sabiá

O Comercial Sabiá está no Mercado Central desde 1991. O estabelecimento oferta variedades de fumo de corda, charutos, cachimbos, palhas e palheiros. O local ainda é conhecido por um delicioso pão de queijo recheado com pernil (R$ 7,50) e bolo de mexerica (R$ 8). Também tem um cafezinho pra lá de bom (R$ 4) e uma broa de fubá com queijo (R$ 10).

A loja não aceita cartões, mas, bem ao lado fica um caixa eletrônico 24 horas para que você possa sacar o dinheiro e pagar as delícias do local.

“Inicialmente era uma tabacaria, depois foi criado o café e depois fomos expandindo, colocando outras comidas, como sanduíches e a broa”, diz Marco Aurelio Gaudereto Moreira, proprietário do Comercial Sabiá.

Pão de queijo recheado com pernil e broa de fubá do Mercado Central de BH
Pão de queijo recheado com pernil e queijo / Broa de fubá com queijo (Vitor Fernandes/BHAZ)

Além do Mercado Central, a loja tem uma unidade na avenida do Contorno, nº 6393.

A loja está localizada no corredor R-14, nº 156. A melhor opção de entrada é pela rua Padre de Belchior.

Telefone: 3274-9491.
Email: [email protected]

Tradicional Limonada

Uma das melhores limonadas da cidade fica no Mercado Central de BH. O fundador da Tradicional Limonada foi Américo Lira Batista, um português que fundou a loja em 1938, na Bahia. Cerca de dez anos depois, Gabriel Amorim de Souza trouxe a marca para a capital mineira. Ele morreu em julho de 2022.

Raí Augusto de Alcântara Amorim, de 31 anos, é neto do dono da loja e trabalha no local desde 2016, tendo a missão de manter a tradição familiar.

“Ele [avô] não era muito de mostrar sentimento, de conversar e tal. Mas todo mundo que conviveu com ele, sempre ressaltou a educação. São tradições de várias famílias. A limonada é um patrimônio de BH“.

Tradicional Limonada no Mercado Central de BH
Raí Augusto de Alcântara Amorim é um dos proprietários da Tradicional Limonada (Asafe Alcântara/BHAZ)

Mas afinal, de onde vem o sucesso dessa limonada? Raí conta que “não tem segredo”, mas dá um sinal: a receita sofreu poucas alterações ao longo dos anos. O limão antes era capeta, passou a ser galego e, desde a década de 1970, é taiti.

“É limão, água e açúcar, nada mais. Tem gente que vinha com os avós há muito tempo e fala que o sabor continua o mesmo. É o bom sabor e o atendimento também, acho que é isso”. E são muitos limões, viu! De acordo com Raí, são cerca de 500 espremidos por dia.

Caipirinha entra em cena

Mas nem só de limonada vive a loja. Em 2016, com a entrada de Raí e seu irmão, eles introduziram uma caipirinha no cardápio.

A limonada é vendida em copos ou garrafas. O copo de 200 ml custa R$ 2,50; o de 300 ml sai a R$ 3,50 e o de 500 ml é vendido por R$ 5,50. A garrafa de 500 ml tem o preço de R$ 7; a de 1 litro custa R$13; a de vidro sai a R$ 18 e a 1 litro refil fica por R$ 9.

A “Caip do Vô” também é vendida em copos ou garrafas. O copo de 200 ml custa R$ 8; o de 300 ml tem o preço de R$ 10 e o de 500 ml sai a R$ 15. A garrafa de 500 ml sai a R$ 17; a de 1 litro custa R$ 28; a de vidro sai a R$ 33 e a 1 litro refil fica por R$ 23.

A Tradicional Limonada está localizada no corredor A-1, nº 45. As melhores opções de entrada são pela avenida Augusto de Lima ou pela rua Curitiba.

Telefone: (31) 3274-9431 ou 98118-6380 (delivery)
E-mail: [email protected]

Café Dois Irmãos

Parada obrigatória de quem quer tomar um café da manhã ou da tarde, o estabelecimento te permite experimentar uma bebida sempre fresquinha. O cafezinho fica na máquina por no máximo 15 minutos, quando uma nova remessa é feita, e, não à toa, em média, são vendidas 1 mil xícaras de café por dia.

Para o consumo na hora, a loja trabalha com o café coado ou expresso, ambos do Cambraia Cafés, de Santo Antônio do Amparo, no Sul de Minas. O café coado, de 50 mil, custa R$ 3,50. Já o café expresso, de 60 ml, sai por R$ 6,90 cada.

O proprietário, Sidney Gonçalves de Castro Filho, tinha uma loja no Mercado Novo com o irmão, mas há 38 anos comprou o estabelecimento no Mercado Central de BH. Por quase duas décadas, ele esteve no estabelecimento todos os dias. “Não falhei nenhum dia. Aqui é minha praia, minha casa, meu lugar“, conta.

Fachada do Café Dois Irmãos no Mercado Central
Fachada do Café Dois Irmãos (Asafe Alcântara/BHAZ)

E, por lá, passaram todos os principais candidatos a prefeito de BH e governador de Minas Gerais, além de personalidades da sociedade brasileira, como Ricardo Boechat, Samuel Rosa e Acyr Antão. Até mesmo ministros do Supremo Tribunal Federal são vistos pelos corredores do centro de compras.

O local também é famoso por vender broinhas de fubá. Feito em Igarapé, o quitute é vendido a R$ 4,50 (unidade) ou R$ 29,90 (pacote com 12).

O Café Dois Irmãos está localizado no corredor B3, nº 28/30. A melhor opção de entrada é pela portaria da avenida Augusto de Lima.

Telefone: 3274-9714 ou 99361-8584 (delivery)
E-mail: [email protected]

Pacote da famosa broinha de queijo do Mercado Central de BH
Sydney mostra a famosa broinha vendida em sua loja (Asafe Alcântara/BHAZ)

Ponto da Empada

Quem passa pelo Mercado Central de BH sente o cheiro delicioso das empadas pelo corredor. O Ponto da Empada oferece várias opções de recheio do quitute, entre doces e salgados há mais de 30 anos.

O destaque da loja é a empada de jiló com carne. Outros sabores muito pedidos da casa são os tradicionais de frango, queijo e carne. O local também conta com recheios de frango com bacon, bacalhau, camarão, carne seca com catupiry, dentre outros.

Qualquer empada é vendida a R$ 5,75. Se o cliente optar pelo combo de empada com café, fica por R$ 7. Caso opte pela empada com suco, sai a R$ 7,50. A empada com refrigerante custa R$ 8. Já o combo com cinco empadas sai a R$ 28.

Fachada do Ponto da Empada no Mercado Central de BH
Ponto da Empada possui ampla variedade do delicioso salgado (Vitor Fernandes/BHAZ)

O Ponto da Empada está localizado no corredor T-18, nº 186. A melhor opção de entrada é pela portaria da rua Curitiba.

Telefone: 3274-9570
E-mail: [email protected]

Bar da Lora

O Bar da Lora é o mais conhecido bar do Mercado Central de BH, e fica localizado em uma das esquinas mais concorridas do centro de compras. O estabelecimento é conhecido por ofertar deliciosos tira-gostos e cerveja sempre gelada há mais de 50 anos.

Em pé no balcão, seus clientes saboreiam os mais tradicionais tira-gostos da cidade. De desembargadores a jornalistas, de taxistas a músicos, os mais diversos públicos frequentam o bar, que, conhecido pela excelente culinária, já ganhou, inclusive, o Comida di Buteco, em 2010.

A especialidade do bar é o delicioso fígado com jiló, que sai a R$ 39,90 a porção de 350g. O torresmo de barriga também custa R$ 39,90 (400 g) e vem acompanhado com molho agridoce de melado com rapadura, além de um limãozinho.

Para acompanhar essas delícias, não pode faltar uma cervejinha gelada. Por semana, são vendidas mais de 2,4 mil garrafas.

O bar está localizado no corredor L-2/F-11, nº 115. A melhor opção de entrada é pela rua Santa Catarina.

Telefones: 3274-9409 ou 98858-7072
Delivery: +55 31 98305-1458

Bar da Lora é um dos pontos mais tradicionais do Mercado Central de BH
Corredor do Bar da Lora é disputado aos sábados e domingos (Jonas Rocha / BHAZ)

Mané Doido

O bar Mané Doido está no Mercado Central de BH há 63 anos, sendo um dos mais tradicionais do estabelecimento. O proprietário, Olimar Aparecido Coelho, avalia que a comida caseira é o ponto forte do local. “Tudo feito na hora, nada congelado”.

O prato feito (PF) com tropeiro sai a R$ 34 acompanhado de uma carne. A porção de tropeiro com ovo custa R$ 30. O fígado com jiló sai por R$ 42. Já a rabada pode ser saboreada por R$ 35.

Outra opção é um delicioso macarrão à bolonhesa (R$ 19,90) ou o macarrão ao sugo (R$ 15,90). Uma porção farta de carne de boi com jiló cebola custa R$ 69,90, ou R$ 48,90 caso opte pela carne de porco.

Para a maior comodidade do cliente, o local conta com diversas mesas e cadeiras no entorno do bar. Mas, atenção: é bom chegar cedo, já que o lugar costuma ficar bem cheio.

O Mané Doido está localizado no corredor T-18, nº 5 /57. A melhor opção de entrada é pela rua Padre Belchior.

Telefone: 99755-0700
E-mail: [email protected]
Delivery via iFood

Bar Mané Doido, no Mercado Central de BH, serve petiscos mais tradicionais da cidade
Bar Mané Doido, no Mercado Central de BH, serve petiscos mais tradicionais da cidade (Jonas Rocha / BHAZ)

Casa Cheia

O restaurante Casa Cheia é tradicional no Mercado Central de BH, com as mais diversas delícias da gastronomia, desde 1978. Quem vai ao local pode experimentar torresmo de barriga marinado com ervas e cachaça. Vale a pena provar também os famosos dadinhos de tapioca com queijo canastra ou mesmo uma costela no bafo com torradas.

O prato mais famoso da casa é o Mexidoido Chapado: um mexido feito com arroz, legumes cozidos ao azeite, lombo, linguiça caseira, iscas de pernil, ovo de codorna frito e tempero especial de cheiro verde. A porção custa R$ 38, e foi premiada pelo Comida Di Buteco em 2006.

Um ano antes do estabelecimento já havia sido premiado com o melhor tira-gosto do festival, com o Mineirinho Valente, prato de canjiquinha cozida no caldo de costela com lombo e linguiça defumada, pernil em cubos marinados ao vinho, além de queijo e espinafre. A gostosura custa R$ 38.

O Casa Cheia está localizado no corredor T-18/S-16, nº 915/167. A melhor opção de entrada é a portaria da rua Padre Belchior.

Telefone: 3274-9585
E-mail: [email protected]
Delivery: aqui

Restaurante Casa Cheia é referência para quem quer comer bem no Mercado Central de BH
Restaurante Casa Cheia é referência para quem quer comer bem no Mercado Central de BH (Jonas Rocha / BHAZ)

Bar do Júlio

O Bar do Júlio é um dos mais tradicionais do Mercado Central, presente no lugar há 20 anos. O prato mais vendido é o tradicional fígado com jiló e cebola, tira-gosto mais famoso dos bares do local. “Os turistas vêm, sempre querem conhecer. É o mais procurado, com certeza”, explica Júlio César Palhares, dono do local.

Júlio também recomenda outros pratos, como o torresminho com mandioca e uma porção de carne de sol de Almenara com mandioca.

Alguns pratos, com cerca de 450g, saem a R$ 42. São eles: fígado com jiló e cebola; torresmo com mandioca; choriço com jiló e cebola; pernil com jiló e cebola e linguiça de lombo com jiló e cebola. O torresmo de barriga é vendido a R$ 15 a unidade.

A cachaça, produzida em Caeté, na região metropolitana de Belo Horizonte, é outro atrativo. A dose da iguaria é vendida a R$ 10. O bar também trabalha com outros rótulos tradicionais, como a Salinas ou Seleta, por exemplo.

E cerveja gelada? Tem também. São mais de 10 rótulos diferentes. Em média, em um fim de semana, são vendidas 500 cervejas no local.

O comerciante comenta que o bom do Mercado Central de BH é conhecer gente nova todos os dias. “A clientela é sempre diferente, muita gente boa. É de A a Z, o povo é muito bom”, completa.

O Bar do Júlio está localizado no corredor P-10/J-19, nº 901/902. A melhor opção de entrada é pela portaria da rua Padre de Belchior.

Telefone: 3274-9671 ou 98623-5326

Bar do Júlio
Bar do Júlio (Asafe Alcântara/BHAZ)

Rei do Torresmo

Como o próprio nome do estabelecimento já diz, torresmo é a especialidade do local, que está no Mercado Central de BH desde 1995.

Geraldo Magela Campos, proprietário do Rei do Torresmo, conta que o diferencial do estabelecimento é o atendimento e a qualidade dos produtos. “Trabalhamos sempre com fornecedores antigos, de confiança, todos de BH. Alguns são, inclusive, do próprio Mercado Central”.

O bar ficou famoso pelo prato Lagosta Mineira, que é um torresmão de barriga, cortado na chapa, com cebola e jiló. O tira-gosto custa R$ 35. A porção serve quatro pessoas.

Outro atrativo do Rei do Torresmo é o tradicional fígado com jiló, que sai a R$ 42 e serve quatro pessoas. A linguiça com mandioca e cebola custa R$ 35, também para quatro pessoas.

De acompanhamento, cai bem uma cervejinha ou doses de cachaça. Só no fim de semana, o local costuma vender quase mil cervejas. O funcionamento é o mesmo do Mercado Central, mas seu Geraldo deixa ficar uma horinha a mais para quem já estiver lá dentro no momento de encerrar.

O Rei do Torresmo está localizado no corredor I-17, nº 166. A melhor opção de entrada é o portão da rua Padre Belchior.

Telefone: 99302-9552
E-mail: [email protected]

Rei do Torresmo é ponto de encontro da boemia no Mercado Central de BH (Jonas Rocha / BHAZ)

Bar Fortaleza

O Bar Fortaleza leva esse nome por causa dos antigos proprietários, nascidos na capital cearense. O local está no Mercado há mais de 40 anos. Vantuir Gabriel Dias conta que o bar chega a vender quase 2 mil cervejas em um fim de semana movimentado.

A especialidade do bar também é o tradicional fígado com jiló e cebola, que já foi servido até para a apresentadora do programa Mais Você, da TV Globo, Ana Maria Braga. O prato para uma pessoa custa R$ 35, enquanto a porção maior sai por R$ 42. Outra delícia é a carne de sol com mandioca, que sai a R$ 65 em uma porção farta.

O chope de 300 ml custa R$ 10, enquanto o de 500 ml sai a R$ 15. Quem preferir cerveja, pode escolher entre os mais diversos rótulos com preços variados.

Volta e meia famosos estacionam no balcão pra saborear um dos tira-gostos e tomar uma cerveja gelada. “A gente preza muito pelo atendimento e produtos de qualidade. A dupla César Menotti e Fabiano já bebeu por aqui. O ex-BBB Kaysar Dadour também já veio”, lembra Vantuir.

O Bar Fortaleza está localizado no corredor S-16/F-11, nº 09. A melhor opção de entrada é a portaria da rua Curitiba.

Telefone: 3274-9672 ou 97133-3969

Fígado com jiló e cebola (Reprodução/@barfortalezabh/Instagram)

Bar da Tia

Quem vai ao Mercado Central não pode deixar de conhecer o famoso Bar da Tia. E quem é a tia? É a dona Maria Concebida Oliveira Rocha, de 81 anos, que fundou o bar em 1980.

Adivinhe qual é o tira-gosto mais famoso do bar? Claro, fígado com jiló. A porção de 400 gramas custa R$ 40. O torresmo de barriga e o chouriço acebolado são outras boas opções, que também saem pelo mesmo preço. Se preferir tem contrafilé com mandioca (R$ 52 a porção de 400g).

A cerveja que mais sai no bar é a Heineken, de 600 mil, vendida a R$ 18. Em um bom fim de semana, o local chega vender quase 400 unidades da bebida.

O Bar da Tia está localizado no corredor B-3/P-10, nº 1004. A melhor opção de entrada é pelo portão da avenida Augusto de Lima.

Telefone: 99925-0003

Fígado com jiló é uma ótima pedida para quem frequenta o Bar da Tia, no Mercado Central de BH
Beber em pé no corredor do Bar da Tia é uma ótima pedida para os boêmios de BH (Jonas Rocha / BHAZ)

Onde comprar queijo no Mercado Central de BH?

Canastra, Serro, Salitre, muçarela, parmesão, gorgonzola… Onde encontrar os mais diferentes tipos de queijo? O Mercado Central reúne os sabores e formatos mais diversos que se possa imaginar.

Há opções para o dia a dia da casa de um mineiro, que o combina com presunto no misto-quente ou serve só com o café coado, e também os mais caros para presentear pessoas queridas.

Queijos, doces, salames, goiabadas, mel e outros produtos feitos em Minas Gerais são vendidos no Mercado Central de BH
O Mercado Central possui uma infinidade de queijos (Vitor Fernandes/BHAZ)

Então, vamos lá conhecer um pouco de cada queijaria?

Ronaldo Queijos e Cachaças

Dentro do Mercado Central, a Ronaldo Queijos e Cachaças funciona desde 1994. O carro-chefe da loja é o queijo minas da Serra da Canastra, que pode ser fresco, meia cura, maturado, massa furadinha e lisinha. Além disso, a loja ainda vende cachaças, doces, cervejas artesanais e mel.

O queijo minas Canastra meia cura sai a R$ 49,90 0 quilo. O fresco custa R$ 46,90. Ainda tem o maturado, que é um premiado, da França, o queijo do Miguel, vendido a R$ 110 o quilo.

Ronaldo Augusto Garcia, conhecido como Ronaldo Filho, é o proprietário do negócio e conta os motivos pelos quais as pessoas devem conhecer o local. “É uma loja tipicamente mineira. Aqui você vai encontrar os queijos, os doces e as cachaças, tudo de Minas. Garantimos a variedade, qualidade e preço justo”.

Queijo minas é vendido na loja Ronaldo Queijos e Cachaças no Mercado Central de BH
Queijo minas Canastra é o mais vendido na loja, enquanto o premiado Queijo do Miguel é o mais caro (Vitor Fernandes/BHAZ)

Bora de cachaça?

Turistas de variados estados brasileiros e muitos de outros países vem conhecer o Mercado Central de BH e deliciam-se com as mais variadas cachaças. A bebida também é um ótimo souvenir e cabe nos mais diferentes bolsos.

Ronaldo explica um pouco sobre os diferentes tipos de cachaça, e dá indicação de qual levar após uma conversa com o cliente, para entender bem do que ele gosta.

“É difícil indicar uma cachaça, porque vai muito do objetivo e paladar da pessoa. Temos a cachaça branca, que é para quem não gosta do amadeirado e quer fazer uma caipirinha, batida. E tem as envelhecidas, que dão a diferença no paladar pelo tipo de madeira. As principais madeiras são carvalho, bálsamo e amburana”.

Ronaldo Filho trabalha na loja do pai, especializada em queijos e cachaça, no Mercado Central de BH
Ronaldo Filho toca o negócio iniciado pelo pai no Mercado Central (Vitor Fernandes/BHAZ)

Ele conta um pouco sobre a história da cachaça Havana e Anísio Santiago. “A cachaça Havana, nos anos 1970, 1980 e início de 1990, não era vendida, mas usada como moeda. Era para pagar funcionário, contabilidade. Era numa média de oito anos de bálsamo, era super valorizada”.

Briga na Justiça

Em 2000, a Bacardi comprou um rum cubano que chama Havana Club. “E processou a Havana pelo nome. O seu Anísio Santiago não quis brigar, pois já tinha mais de 90 anos, e lançou a dele, com o próprio nome. A Havana então, sumiu do mercado, e disparou de preço”.

Anísio morreu em 2002, e, com isso, as cachaças dispararam de preço. “Os filhos brigaram na Justiça, conseguiram uma liminar em 2007, e em 2011 ganharam em definitivo. Hoje a Anísio Santiago está com oito anos e a Havana com 12. Elas super se valorizaram”.

O empresário deixa um alerta sobre as cachaças falsificadas. “Tomem muito cuidado. A Havana falsa você acha mais que a legítima. Se a tampinha estiver enferrujada, pode pular fora. É algo bem perigoso. É preciso saber a loja que você vai comprar, tem que ser conceituada, saber a procedência. E sempre peça nota fiscal”, completa.

Ronaldo Queijos vende a cachaça Havana em sua unidade no Mercado Central de BH
Cachaças mais caras ficam dentro de armário de vidro com chave (Vitor Fernandes/BHAZ)

Ainda existe uma outra loja no local, a Ronaldo Licores e Cachaças, desde 1999, que vende licores, cachaças, vinhos mineiros e souvenires ligados à cachaça.

O Ronaldo Queijos e Cachaças está localizado no corredor I17, nº 141. A melhor opção de entrada é pela avenida Amazonas (portão 4).

Telefone: 3274-9674 ou 98521-9674
E-mail: [email protected]
Delivery: aqui.

Cantim de Formiga

A loja Cantim de Formiga vende doces, congelados, queijos, linguiça fresca, linguiça defumada, dentre outras delícias.

Um dos destaques da loja é o queijo Barão da Canastra. Original da Canastra com registro da Aprocan (Associação dos Produtores do Queijo Canastra), o produto passa por um processo de maturação de 18 a 20 dias, e é ganhador da medalha de bronze no Concurso Mundial Du Fromage 2021 na França, além de ser medalhista de prata e ouro na Expo Queijo Araxá. A embalagem de 550g é vendido a R$ 78,90.

Um queijo da Canastra meia cura, próprio para tomar com café, doce de leite ou fazer aquele pão de queijo, custa R$ 44,50 (meia peça, de 650g) ou R$ 89 (peça inteira, de 1,3 kg).

O Cantim de Formiga está localizado no corredor S-16, nº 172. A melhor opção de entrada é pela rua Curitiba.

Delivery por aqui.

Queijo Barão, da Serra da Canastra, é vendido no Mercado Central de BH
Reprodução/@cantimdeformigaa/Instagram

Empório Central do Queijo

A loja é especializada em queijos e laticínios, vendendo produtos como queijo Canastra, queijo curado, queijo trufado, doce de leite e goiabada.

O queijo Capão Grande é originário de São Roque de Minas, coração da Serra da Canastra. Uma família tradicional da cidade, especializada em produção de queijos nobres, mantém a fabricação artesanal do produto de altíssima qualidade desde 1944, há cinco gerações. É reconhecido pelo seu sabor suave, casca amarela e textura macia. A unidade é vendida a R$ 100.

Quem é apaixonado por queijo parmesão não pode deixar de experimentar o kit 4 sabores. O queijo é dividido em tradicional, ervas, pimenta calabresa e ao vinho. A combinação é perfeita com um vinho ou uma cervejinha. A peça é vendida a R$ 38,90.

O Empório Central do Queijo está localizado no corredor L2, nº 176. A melhor opção de entrada é pela rua Santa Catarina (portão 3).

Telefone: 97212-0335
E-mail: [email protected]
Delivery: aqui

Queijos de vários tipos e formatos são vendidos em diversas lojas do Mercado Central de BH
Queijo parmesão kit 4 sabores (Reprodução/@emporiocentraldoqueijobh/Instagram)

Tupiguá

A Tupiguá está no Mercado Central de BH desde 1972. A loja vende produtos artesanais e exclusivos, que vão desde cachaças, doces mineiros e geleias a café gourmet, cerveja artesanais e artesanato mineiro. A loja tem uma grande variedade e conta com mais de 50 produtores.

Umas das delícias vendidas na loja é a trança de muçarela natural caçulinha. O queijo é de Pará de Minas. A peça de 500g custa R$ 36.

O Tupiguá está localizado no corredor S-16, nº 49/51/55. A melhor opção de entrada é a portaria da rua Curitiba.

Telefones: 3274-9546 ou 99771-9086.
E-mail: [email protected]
Delivery por aqui

Onde comprar flores no Mercado Central de BH?

Nem só de fígado com jiló, queijo e cachaça vive o Mercado Central de BH. Outro destaque do centro de compras é a venda de flores. O local possui diversas lojas e grande variedade de buquês, vasos, arranjos e muito mais para quem quer presentear ou cultivar.

Arranjos, vasos e produtos para decoração são vendidos nas floriculturas do Mercado Central de BH
Belos arranjos da Decorar Flores Permanentes (Reprodução/@decorar03/Instagram)
  • Decorar Flores Permanentes: está localizado no corredor K-21, nº 81. A melhor entrada é pelo portão da rua dos Goitacazes.
    Telefone: 97315-2862
    Delivery: aqui
  • Conceito Caixas e Flores
  • Adriana Flores: está localizada no corredor externo da rua dos Goitacazes, nº 625.
    Telefone: 99778-6516
    E-mail: [email protected]
    Delivery: aqui.
  • Flora Decoart: está localizada no corredor T-18, nº 33A. A melhor entrada é pelo portão da rua Curitiba.
    Telefones: 3274-9395 / 3264-9437 ou 99949-7173
  • Flora Marselha: está localizada no corredor A-1, nº 110. A melhor entrada é pela avenida Augusto de Lima. Telefones: 3274-9451 ou 3274-9652
    E-mail: [email protected]
    Delivery: aqui
  • Flora Paraíso: está localizada no corredor J-19/I-17, nº 133. A melhor entrada é pela rua Padre Belchior.
    Telefones: 3274-9495 ou 3274-9496
    E-mail: [email protected]
  • Tania Orquídeas: está localizada no corredor externo da rua dos Goitacazes, nº 625
    Telefone: 98921-8884.

Lojas de ervas e raízes no Mercado Central de BH

O Mercado Central de BH também é famoso pela venda de chás, ervas, raízes e outros produtos naturais, sendo que algumas delas são encontradas apenas no estabelecimento.

A loja “A Floresta” é especializada em chás das mais diversas variedades e finalidades. O local também vende mel e derivados, cápsulas fitoterápicas, incensos e outros produtos.

Chá é sempre uma boa pedida, e a loja destaca alguns para se ter em casa. O de sálvia é um ótimo anti-inflamatório, antioxidante, auxilia na digestão e ainda controla os níveis glicêmicos. Outro que não pode faltar no dia a dia de quem busca emagrecer é o chá verde, que tem função diurética, termogênica e auxilia na digestão.

O chá de cavalinha também é outra opção diurética, que trata de infecções urinárias, ajuda na eliminação de pedras e cálculos renais, além de melhorar a saúde dos ossos.

Para o sono, o recomendado é o chá melissa, que auxilia na qualidade do sono, melhora as funções cognitivas (concentração e memória) e trata enxaqueca.

“A Floresta” está localizada no corredor J19, nº 96. A melhor entrada é a portaria da rua dos Goitacazes.

Telefone: 3222-1668
E-mail: [email protected]
Delivery por aqui

Chá de Rosa Branca (Reprodução/@lojaafloresta/Instagram)

Comércio de animais vivos

O comércio de animais vivos dentro do Mercado Central de BH é uma polêmica que se arrasta por anos. Defensores dos animais questionam a presença de bichos vivos em gaiolas, o que seria insalubre, além do risco da transmissão de doenças.

Do outro lado, a direção do Mercado questiona as acusações de maus-tratos e diz que os estabelecimentos são fiscalizados pelo poder público, com as devidas licenças para funcionar.

Em audiência pública em 2021, a administração do local disse desconhecer queixas relativas à contaminação de alimentos devido à venda de animais vivo.

Animais ficam em gaiolas para comercialização dentro do Mercado Central (Vitor Fernandes/BHAZ)

A História do Mercado Central de BH

O Mercado Central foi inaugurado quando BH tinha apenas 31 anos. O prefeito Cristiano Machado resolveu reunir em um só lugar os produtos destinados aos 47 mil habitantes da jovem cidade.

Assim nasceu o tradicional centro de compras, em 7 de setembro de 1929, união das feiras da Praça da Estação e da praça da atual rodoviária da capital mineira.

Em um terreno de 22 lotes, próximo à Praça Raul Soares, ponto central da cidade planejada por Aarão Reis, o prefeito reuniu todos os feirantes, centralizando o abastecimento da população.

Na época, o local tinha 14 mil metros quadrados – atualmente são 24 mil metros quadrados – e ficava rodeado pelas carroças que transportavam os produtos, as barracas de madeira faziam fila para a venda de alimentos.

A privatização do Mercado Central de BH

Antes chamado de Mercado Municipal, o lugar funcionou até 1964, quando prefeito da época, Jorge Carone, decidiu vender o terreno, alegando impossibilidade de administrar a feira. Para que o Mercado não fechasse, os comerciantes montaram uma cooperativa e compraram o imóvel da Prefeitura.

No dia do leilão do imóvel, centenas de feirantes com suas famílias foram em passeata até a Prefeitura. Muitos levaram até mesmo os animais de estimação, fazendo com que o saguão ficasse lotado.

E não eram só os feirantes que queriam comprar o Mercado. Uma empresa de japoneses, com sede em São Paulo, também estava interessada na aquisição. Com a confusão no local, os comerciantes conseguiram impedir que os japoneses entrassem e compraram o terreno.

Ao BHAZ, Ricardo Campos Vasconcelos, presidente do Mercado Central de BH, conta que atualmente, todas as lojas estão ocupadas.

Se houver alguma disponível, é possível alugá-la direto com um associado ou com a administração do local. “A pessoa só precisa estar ciente com o que vai trabalhar. Tem muita coisa que não teria problema, mas outras são controlados pela administração de acordo com o mix de empresas”.

Pandemia

Para Ricardo, o ponto mais complicado da história do Mercado Central foi a pandemia de Covid-19, que teve início em 2020.

“Eu vi planos econômicos começarem a acabar. Tivemos momentos complicados durante toda a história, só que nada como a pandemia”.

Em compensação, a prefeitura de BH permitiu que mesas e cadeiras fossem postas na calçada da avenida Augusto de Lima aos sábados, transformando o espaço na verdadeira ‘praia’ dos belo-horizontinos, que sempre brincam que, por não ter mar na cidade, a opção são os bares.

A medida visa diminuir a aglomeração durante a pandemia, e se tornou mais um atrativo para os visitantes. “A ideia foi muito aceita pelos nossos clientes, que elogiam bastante o atendimento”.

Inovação e tradição

Mas, como seguir inovando? O Mercado Central de BH é um local histórico, que, para conseguir manter a atenção do público e fidelizar novos clientes, traça sempre estratégias diferentes.

“O que move o Mercado são as relações entre as pessoas. A gente cria momentos para trazer as pessoas para cá. Não se trata apenas da comercialização de produtos”, continua o presidente do estabelecimento.

“Eu sempre digo que os mercados, mundo afora, são o resumo da cultura de um povo. Nós [Mercado Central], somos o resumo da cultura mineira e o berço da gastronomia. Temos o pequi do Triângulo Mineiro, a carne de sol do Norte de Minas, o café do Serrado e do Sul. E temos também artesanato, doces, tudo. É possível viver Minas Gerais dentro do Mercado”, conta Ricardo.

Capela

No estacionamento do Mercado Central, em 1972, é inaugurada uma capela. Na missa inaugural, o arcebispo dom João Rezende Costa ratificou o reconhecimento da capela de Nossa Senhora de Fátima pela Arquidiocese de Belo Horizonte.

Seu Heraldo Nelson Silveira é o responsável pelo local religioso. “Temos um capelão registrado. Ele recebe para celebrar as missas, é funcionário do Mercado. Uma senhora portuguesa trouxe, de Portugal, uma imagem grande de Nossa Senhora de Fátima, que ela doou para o Mercado”.

Com a capela, Nossa Senhora de Fátima passou a ser a padroeira do Mercado Central. “Antes era uma capelinha pequena, em 1992 fizemos uma reforma e melhorou bastante. A construção era um anseio dos comerciantes”.

As missas na Capela do Mercado acontecem todos os domingos, às 7h.

Asafe Alcântara/BHAZ

Cozinha Escola

Além de todas as delícias, artesanatos e tantos outros atrativos, o Mercado Central também possui uma cozinha escola. Em parceria com a Itambé, o local começou a funcionar em 2019.

Essa união tem o objetivo de reforçar a importância do resgate e da valorização da cultura local, dentro de um espaço de qualidade.

O local promove aulas gratuitas de culinária. O workshop “Pitada de Uai” é realizado todas as terças-feiras e os ingressos devem ser retirados pelo Sympla.

A Cozinha Escola fica no segundo piso do Mercado Central (Divulgação/Mercado Central)

Visita guiada

Quem quiser fazer uma visita guiada ao Mercado Central de BH, pode entrar em contato com o posto de informações turísticas, que conta com atendimento bilíngue. O telefone para fazer o agendamento das visitas é: 3274-4691. Ou então pode mandar e-mail para: [email protected].

O atendimento é feito para grupos ou escolas, sendo que o local recebe alunos de todas as idades. Mais informações podem ser conferidas pelo site.

Que horas abre o Mercado Central de BH?

O Mercado Central funciona todos os dias. De segunda-feira a sábado, das 8h às 18h. Nos domingos e feriados, o local fica aberto das 8h às 13h.

O estacionamento fica aberto diariamente, das 8h às 22h. O local aceita dinheiro ou cartões de débito e crédito, e conta com 280 vagas rotativas. O valor é de R$ 12 a hora, sem diárias ou pernoite.

Endereço do Mercado Central de BH

O estabelecimento fica na avenida Augusto de Lima, nº 744, no centro de Belo Horizonte.

Para falar com o Mercado Central, basta ligar no telefone (31) 3274-9434 ou enviar e-mail para [email protected].

Para informações turísticas, o número é (31) 3274-4691 ou é possível enviar e-mail para [email protected].

Como chegar ao Mercado Central de BH?

Para chegar ao Mercado Central, você pode optar por uma desses linhas de ônibus: 1505, 2290, 33, 3503A, 3787, 5033, 8401, 9208.

Outra opção para quem quiser caminhar um pouco é pegar o metrô e descer na estação central. De lá, são cerca de 30 minutos de caminhada até o Mercado.

Alguns pontos de ônibus próximos ao local:

  • Avenida Amazonas, 687 | Hilton Shopping – 2 min a pé;
  • Avenida Augusto De Lima, 580 | Mercado Central – 3 min a pé;
  • Avenida Amazonas, 760 | Edifício Levy 2 – 3 min a pé;
  • Rua Dos Guajajaras, 1149 | Acesso avenida Olegário Maciel – 4 min a pé;
  • Rua Dos Guaranis, 564 | Casa Do Trabalhador 1 – 6 min a pé
Edição: Pedro Rocha Franco
Vitor Fernandes[email protected]

Sub-editor, no BHAZ desde fevereiro de 2017. Jornalista graduado pela PUC Minas, com experiência em redações de veículos de comunicação. Trabalhou na gestão de redes do interior da Rede Minas e na parte esportiva do Portal UOL. Com reportagens vencedoras nos prêmios CDL (2018, 2019, 2020 e 2022), Sindibel (2019), Sebrae (2021) e Claudio Weber Abramo de Jornalismo de Dados (2021).

Asafe Alcântara[email protected]

Coordenador de mídias digitais e repórter, no BHAZ, desde setembro de 2021. Atualmente concilia como repórter na Record TV Minas.
Jornalista graduado pelo UNI-BH, com experiência em redações de veículos de comunicação, como RedeTV! BH, TV Band Minas, TV Alterosa, TV Anhanguera (afiliada Globo GO), TV Justiça e CNN Brasil.

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