Greve do metrô em BH: Justiça determina escala mínima de funcionamento

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Por determinação da Justiça, o metrô de BH deverá funcionar em uma escala diária mínima de 60% dos trens durante a greve (Amanda Dias/BHAZ)

Por determinação da Justiça, o metrô de Belo Horizonte deverá funcionar em uma escala diária mínima de 60% dos trens durante a greve. A decisão, assinada pelo vice-presidente do TRT-MG (Tribunal Regional do Trabalho), foi tomada na tarde de ontem (25) durante audiência de tentativa de conciliação entre CBTU (Companhia Brasileira de Trens Urbanos) e sindicato dos metroviários de BH.

Além da escala mínima, a decisão ainda determina o funcionamento de 100% do serviço de segurança metroviária. A multa diária estipulada em caso de descumprimento é de R$ 35 mil. Embora a determinação já esteja em vigor, nesta sexta-feira (26) as estações de metrô da capital continuaram fechadas.

Ao BHAZ, o Sindimetro-MG (Sindicato dos Empregados em Transportes Metroviários e Conexos de Minas Gerais) informou que debaterá o assunto em assembleia a ser realizada na tarde de hoje. O magistrado concedeu ao sindicato dos metroviários prazo de cinco dias para defesa da decisão.

Trabalhadores reivindicam contra privatização

O metrô de BH entrou em estado de greve geral na meia-noite de quinta-feira (25). O anúncio foi feito pela categoria depois que o Tribunal de Contas da União aprovou, em plenário, as condições para a privatização da CBTU.

“Não temos outra alternativa. TCU libera a privatização do metrô, as consequências serão demissão dos concursados e aumento da passagem em dobro. Isso é ruim para todos os trabalhadores que precisam do Metrô que foi construído com dinheiro público e agora será doado para empresários sedentos de lucro”, publicaram os trabalhadores da categoria nas redes sociais.

O projeto de desestatização, aprovado na quarta-feira (24), prevê um investimento de R$ 2,8 bilhões ao metrô de BH por parte do governo Federal e um aporte de R$ 428 milhões do governo Estadual. Os investimentos totais são estimados em R$ 3,7 bilhões e serão complementados pela iniciativa privada, que terá o direito de exploração da concessão do serviço ao longo do contrato de 30 anos.

Edição: Roberth Costa
Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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