Mineiro curado de câncer terminal após terapia morre em BH; causa é desconhecida

Divulgação/USP

O mineiro Vamberto Luiz de Castro, de 62 anos, morreu, na última semana, em Belo Horizonte. O aposentado se tornou a primeira pessoa na América Latina a receber uma terapia revolucionária no tratamento contra o câncer. A causa da morte ainda não foi divulgada.

Apesar de muitos apontarem o falecimento à uma queda sofrida em casa, a família de Vamberto e a Polícia Civil de Minas Gerais não confirmam a versão. “Somente após o laudo do exame de necropsia será possível saber se há ou não indícios de violência na morte”, informou a PCMG.

Procurada pelo BHAZ, a família de Vamberto disse que vai se posicionar para “informar o que de fato aconteceu” e pediu respeito neste momento de dor.

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Segundo a Polícia Civil, o corpo do aposentado deu entrada no IML Instituto Médico Legal no dia 11 e foi liberado no mesmo dia após ser examinado. “O laudo fica pronto em até 30 dias”, disseram em nota.

Terapia contra câncer

Antes da terapia pioneira, o servidor público aposentado estava em estado grave, com linfoma avançado que não respondia a nenhum tratamento convencional. Desenganado pelos médicos, com expectativa de vida de menos de um ano, ele foi submetido em caráter experimental à terapia, no dia 9 de setembro.

O tratamento foi feito com o uso de células T, alteradas em laboratório para combater células cancerígenas de linfoma. Chamado de terapia celular CAR-T, o procedimento já é adotado nos Estados Unidos como “último recurso” para tratar linfomas e leucemias avançadas.

“O paciente tinha um câncer em um estágio terminal, já tinha sido submetido a quatro tipos diferentes de tratamento, sem resposta. Estava no que nós chamamos tratamento compassivo, que é tratamento sintomático, esperando o desencadear normal, que é o óbito. Estava na fila dos sem possibilidade de tratamento”, destaca o médico Dimas Tadeu Covas, coordenador do Centro de Terapia Celular (CTC) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto.

Para a surpresa de todos o organismo de Vamberto teve uma “resposta quase milagrosa”. “Em um mês, a doença desapareceu. Para essa situação, existem experiências americanas [que mostram] que o índice é superior a 80% de cura. Pacientes que estavam condenados, como esse do nosso caso, têm 80% de chance de cura com uma única aplicação desse tratamento”, disse o médico.

Vamberto era acompanhado por uma equipe médica para saber a efetividade do procedimento.

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