Moradores que convivem com o medo de morar a 150 metros de uma barragem em Congonhas, na região Central de Minas Gerais, definiram uma série de reivindicações à empresa responsável pela estrutura, Companhia Siderúrgica Nacional (CSN). Entre as exigências, estão a transferência de moradores e a indenização aos mesmos, além do esvaziamento da barragem.
+ Barragem em Congonhas aterroriza moradores: ‘Apreensão é enorme e tempo para se salvar, pequeno’
A associação de moradores do bairro Residencial Gualter Monteiro, “vizinhos” da histórica barragem Casa de Pedra, definiu as reivindicações após reunião realizada na terça-feira (29). Além da transferência de residentes daquele bairro para outra região, os manifestantes exigem que os moradores do bairro Cristo Rei também sejam contempladas.
A associação também reivindica o esvaziamento e secagem da barragem, além da indenização dos moradores, que convivem com a ameaça diária de um possível rompimento. “A situação é que aqui temos uma barragem de rejeitos em uma área urbana, onde as residências estão a menos de 200 metros do reservatório. Se algo ocorrer, o tempo pra pessoa se salvar é muito pequeno”, diz o ex-líder comunitário do bairro Residencial Gualter Monteiro, Rodrigo Ferreira da Silva.
Uma nova reunião está agendada para a tarde de hoje e a CSN foi convidada pela associação para a entrega do documento. Os moradores ainda aguardam a resposta da companhia. “Caso nenhum representante compareça, sairemos em direção à empresa”, afirma Rodrigo Silva. Os envolvidos estabeleceram um prazo de três dias para que a empresa responda às reivindicações.
Procurada pelo BHAZ, a CSN afirmou que ainda não tem o posicionamento sobre o comparecimento à reunião.