Entregadores marcam protesto após colega ser assassinado enquanto trabalhava em BH

fabrício rocha
Fabrício da Silveira Rocha morreu assassinado enquanto trabalhava na noite de sábado (Reprodução + Reprodução/Google Street View)

Entregadores de Belo Horizonte vão protestar, às 18h desta segunda-feira (12), em razão do assassinato de Fabrício da Silveira Rocha, 36. Ele morreu com dois tiros no peito enquanto trabalhava, na noite desse sábado (10), durante a entrega de um lanche, na altura do bairro Belmonte.

Profissionais da categoria que conheciam Fabrício farão o ato em frente ao Anel Rodoviário, na altura do bairro Betânia.

O crime

Fabrício estava trabalhando para uma lanchonete do bairro Nazaré quando foi abordado por dois homens armados. No momento do crime, ele cruzava uma ponte que liga os bairros Belmonte e Aarão Reis.

Segundo testemunhas, os suspeitos ordenaram que o profissional abaixasse a viseira do capacete para que pudessem identificá-lo. Fabrício teria ficado assustado e tentou voltar com a moto, sendo baleado.

Quando a PM chegou no local, a vítima já estava caída no chão ao lado do veículo. Os suspeitos fugiram em um carro branco.

‘Não dá pra aceitar’, diz irmão

Ferido, Fabrício foi conduzido ao Hospital Risoleta Neves, com duas perfurações no tórax. Ainda conforme o registro da PM, ele não resistiu e morreu no local.

Em conversa com o BHAZ, o irmão de Fabrício narra que o irmão era trabalhador. A família, que foi ao velório da vítima nesta segunda (11), não entende como tudo aconteceu.

“É aquilo: acidentes acontecem. Eu também sou motoboy, então sei que, se ele se acidentasse de moto, até aceitaríamos. Mas da forma que foi não dá pra aceitar. Era um homem trabalhador, honesto, querido por todos”, lamenta Romário Rocha.

Fabrício se esforçava para sustentar os dois filhos, de 10 e 8 anos, e a esposa. Além da lanchonete no bairro Nazaré, ele tinha outros dois empregos: como motorista de aplicativo e em uma pizzaria, onde comparecia no período da noite.

Suspeitos seguem foragidos

Até o momento, ninguém foi localizado ou preso. A Polícia Civil apura os fatos e a investigação segue em andamento para “identificar autoria, motivação e circunstâncias”, diz nota enviada ao BHAZ.

Romário suspeita de que os traficantes tenham matado Fabrício por engano, mas que “atiraram sem sequer saber quem era a pessoa”.

Os irmãos são de Lajinha, da Zona da Mata mineira, e se mudaram para BH há 30 anos.

Nota da Polícia Civil na íntegra

“Em relação ao homicídio ocorrido nesse sábado (10/9), no bairro Belmonte, em BH, a Polícia Civil de Minas Gerais deslocou a perícia criminal ao local, onde foram realizados os primeiros levantamentos e que irão contribuir com a investigação. A Polícia Civil esclarece que não houve conduzidos à Delegacia de Plantão para as medidas legais cabíveis. A PCMG apura os fatos e a investigação seguem em andamento para identificar autoria, motivação e circunstâncias.”

Edição: Roberth Costa
Nicole Vasques[email protected]

Jornalista formada pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), escreve para o BHAZ desde 2021. Participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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