Motorista de ônibus que tombou com corintianos pode responder por homicídio culposo

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O motorista do ônibus que tombou com torcedores do Corinthians pode responder pelos crimes de lesão corporal culposa e homicídio culposo (CBMMG/Divulgação)

O motorista do ônibus que tombou com torcedores do Corinthians após partida realizada contra o Cruzeiro no último domingo (20) poderá responder pelos crimes de lesão corporal culposa e homicídio culposo, quando não há intenção de matar.

Na ocasião, sete pessoas morreram e outras cinco ainda estão internadas. Caso seja indiciado, a pena poderá ser multiplicada por cada vítima do acidente, que ocorreu na BR-381.

Segundo o delegado Helton Cota, chefe do Departamento Estadual de Investigação de Crimes de Trânsito (Deictran), o motorista era também o dono da empresa de transportes e já possui uma passagem por lesão corporal.

Segundo o investigador, a polícia identificou diversas irregularidades no ônibus que conduzia os torcedores. Também ficou constatado que o veículo realmente apresentou falha no sistema de freios no momento em que ocorreu o acidente.

“Foram constatadas algumas irregularidades no ônibus, tais como ausência de autorização da ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) para condução de transporte interestadual de passageiros; pneus com desgaste acima do limite permitido; ausência de cinto de segurança em alguns bancos. Também não havia tacógrafo”, explicou.

Vídeo mostra momento do acidente

Um vídeo de circuito de segurança mostra o momento exato em o ônibus que levava torcedores do Corinthians tombou na BR-381 no último domingo (20). Sete pessoas morreram após o acidente.

As imagens foram disponibilizadas nesta quinta-feira (24) pela Polícia Civil, após entrevista coletiva. O vídeo mostra que o ônibus fazia uma curva, quando tombou na pista.

Ainda de acordo com o delegado, a investigação prossegue para a completa elucidação dos fatos. Outras cinco testemunhas, que ainda se encontram hospitalizadas, serão ouvidas.

Já as vítimas que já foram liberadas serão interrogadas pela Polícia Civil de São Paulo.

Larissa Reis[email protected]

Graduada em jornalismo pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e repórter do BHAZ desde 2021. Vencedora do 13° Prêmio Jovem Jornalista Fernando Pacheco Jordão, idealizado pelo Instituto Vladimir Herzog. Também participou de reportagem premiada pela CDL/BH em 2022.

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