Mulher é indiciada por matar marido com ‘chumbinho’ em busca de herança de R$ 2 milhões

A suspeita envenenou o marido após descobrir traição e para ganhar quase R$2 milhões de herança (Divulgação/PCMG)

Uma mulher de 39 anos foi indiciada nesta segunda-feira (5) por homicídio após envenenar o próprio marido com um veneno de rato popularmente conhecido como “chumbinho”. O assassinato ocorreu no dia 4 de setembro deste ano no bairro Santa Tereza, Zona Leste da capital, e teria como motivação traição e uma herança que totaliza R$ 2 milhões. Ela foi detida na última quarta-feira (30).

Conforme investigação da Polícia Civil, a mulher planejou o crime após descobrir que o marido Anselmo Vicente Ribeiro, de 42 anos, teria engravidado uma funcionária da livraria da qual era proprietário. Com a morte do esposo, a suspeita faturaria R$ 2 milhões com a soma do seguro de vida do homem, com a venda do apartamento do casal – que já estava em curso – e com a possível venda da livraria.

Os policiais ainda apontaram que o casal estava junto há 20 anos e tinha uma convivência aparentemente tranquila. Eles tinham um filho e planejavam se mudar para uma casa maior, visto que pretendiam aumentar a família. A suspeita tentava uma segunda gravidez, mas tinha dificuldades devido à uma menopausa precoce.

Conforme explicou a delegada que coordenou o inquérito policial, Alice Batello, no dia do crime, a suspeita misturou chumbinho ao suco do companheiro após um almoço de família. A ação do veneno é extremamente rápida e Anselmo logo começou a sentir-se mal, momento em que foi levado ao quarto pela esposa.

A mulher contou com a ajuda da mãe, que chegou quando o genro já estava com os sintomas de envenenamento. Após o crime, ela, ainda com a ajuda da mãe, teria limpado o apartamento, no intuito de não deixar vestígios. O Samu foi acionado pelo filho da vítima.

A médica que esteve no local desconfiou das circunstâncias da morte de Anselmo e orientou que o corpo fosse encaminhado ao IML para exames. “Ela tentou convencer a médica socorrista a atestar o óbito e não levar o corpo para o IML, chegando a se ajoelhar e implorar para a referida profissional”, contou Batello.

A suspeita teria, inclusive, chamado uma vizinha, que também era médica, a fim de convencer-lhe sobre a morte do marido por causas naturais.

Inicialmente, a criminosa disse à polícia que o marido tinha síndrome do pânico e apresentava constantes crises de ansiedade. Segundo ela, Anselmo vinha fazendo uso, em grande quantidade, de suco de maracujá e chá de hibisco, o que contribuiu para sua morte, supostamente causada por uma parada respiratória.

A suspeita foi encaminhada para o Centro de Remanejamento do Sistema Prisional (Ceresp) Centro Sul e irá responder por homicídio qualificado, por envenenamento, e, assim como a mãe, por fraude processual.

Com Polícia Civil

Rodrigo Salgado

Repórter do Portal Bhaz.

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