Uma mulher de 38 anos morreu depois de passar por um procedimento de cirurgia plástica em uma clínica na região Centro-Sul de Belo Horizonte, na madrugada desta terça-feira (25). A informação foi confirmada pela Polícia Civil e pelo advogado do centro cirúrgico, Matheus Dutra.
A vítima passou pela cirurgia estética no Instituto Mineiro de Obesidade (IMO), no bairro de Lourdes. Em dezembro de 2021, outra mulher também morreu por complicações de duas cirurgias plásticas realizadas na mesma clínica (relembre aqui).
De acordo com o advogado do IMO, o médico responsável pelo procedimento não é funcionário da clínica. “O Instituto aluga blocos cirúrgicos para que médicos operem seus pacientes aqui. Não temos gestão sobre o procedimento que foi feito”, afirma Matheus Dutra ao BHAZ.
Ele ainda reforça que, mesmo não fazendo parte do corpo clínico, o médico teve todas as documentações e certificações conferidas pelo IMO antes de poder operar no local. O advogado também garante que a clínica tem toda a estrutura necessária para os procedimentos de cirurgia plástica.
A respeito da causa da morte, Matheus Dutra afirma que ainda não se sabe se houve erro médico e quais foram as circunstâncias que levaram ao óbito da paciente, o que será apurado pelas autoridades competentes. “O momento agora é de muita solidariedade e acolhimento aos familiares”, completa.
Polícia Civil investiga
A Polícia Militar informou que não foi acionada para a ocorrência, e a Polícia Civil informou nesta manhã que instaurou inquérito para apurar a causa e circunstâncias da morte da mulher.
“O corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal Dr. André Roquette onde será submetido a necropsia e formal identificação. Outras informações serão repassadas no decorrer das investigações”, esclarece a corporação.
Morte em 2021
No dia 7 de dezembro de 2021, uma mulher de 39 anos morreu depois de passar por duas cirurgias plásticas no Instituto Mineiro de Obesidade. Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira ainda estava internada após os procedimentos, realizados no dia anterior, quando sentiu falta de ar e faleceu.
De acordo com a Polícia Militar, a mulher passou por uma abdominoplastia e por uma lipoaspiração na clínica. Os procedimentos começaram às 8h30 de ontem e terminaram por volta das 13h.
Ela foi acompanhada pela irmã e, após as cirurgias plásticas, foi encaminhada ao quarto da clínica para recuperação. Lá, ela começou a se queixar de dores e de falta de ar, e chegou a ser medicada várias vezes.
Ainda segundo ocorrência registrada pela PM, a mulher voltou a se queixar de dificuldades para respirar ainda ontem à noite. Neste momento, a irmã acionou o botão de emergência do quarto e saiu para pedir socorro à equipe médica. Quando ela voltou ao quarto, a mulher de 39 anos já estava desacordada.
Os profissionais da clínica tentaram reanimá-la e acionaram o Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência). Já dentro da ambulância, a mulher foi intubada e encaminhada ao hospital Vera Cruz, no Barro Preto, já que a clínica não tinha CTI (Centro de Terapia Intensiva).
No centro de saúde, os profissionais seguiram tentando reanimar a mulher, mas ela não resistiu e morreu à 1h20 desta madrugada. A causa da morte foi constatada como embolia pulmonar.
Em abril de 2022, o cirurgião plástico Lucas Mendes foi indiciado pela morte de Lidiane Aparecida Fernandes Oliveira.
