A jovem Layze Stephanie Gonzaga Ramalho da Silva, 21, morreu na noite dessa segunda-feira (19) após ter o corpo incendiado às margens da BR-040 em Pedro Leopoldo, na região metropolitana de Belo Horizonte. Segundo a Polícia Militar, o suspeito do crime era namorado da vítima.
Ao BHAZ, o sargento Ismar Governo disse que no dia 11 de fevereiro, domingo de Carnaval, Layze havia apresentado o suspeito para a família. Na mesma data, ela saiu de casa e não retornou.
“No ultimo domingo (18), a mãe da menina começou a receber ligações desse homem exigindo R$ 30 mil para que pudesse libertá-la. Essa situação se prolongou por dois dias, em que a vítima estava sendo torturada e agredida”, detalha o policial.
Durante as ligações para a família, Layze aparecia chorando e com o rosto machucado. A família não conseguiu o valor exigido pelo sequestrador e, então, ele a levou até a rodovia em Pedro Leopoldo.
A jovem foi atingida com golpes de faca e, em seguida, teve o corpo incendiado. Um caminhoneiro que passava pelo local conseguiu ajudá-la e ela foi conduzida ainda com vida ao Hospital João XXIII.
Aos policiais, a vítima disse que morava no bairro Pindorama, na região Noroeste de Belo Horizonte, e que teria sido vítima de traficantes. Layze não resistiu aos ferimentos e morreu.
Autor já foi preso por tráfico internacional
Os policiais conseguiram localizar o suspeito de 36 anos. Ele foi preso em flagrante e encaminhado ao Departamento de Investigação de Homicídios e Proteção à Pessoa. Uma mulher, dona da chave Pix que foi enviada à família para receber os R$ 30 mil, também foi detida.
Segundo o sargento, o autor é natural do Mato Grosso do Sul e possui passagens policiais relacionadas a tráfico e tráfico internacional. Ao BHAZ, a Polícia Civil informou que o corpo da vítima foi encaminhado ao Instituto Médico-Legal Dr André Roquette para ser submetido ao exame de necropsia.
“Após diligências realizadas pela Polícia Militar, na capital, uma mulher, de 34 anos, e um homem, 36 anos, foram conduzidos à delegacia e a ocorrência encontra-se em andamento. Outras informações poderão ser repassadas após a finalização dos procedimentos de polícia judiciária”, acrescentou a corporação.