No Carnaval, Belo Horizonte tem o maior esquema de segurança de sua história

A festa mais popular e que atrai o maior número de pessoas as ruas chegou: o Carnaval. Em Belo Horizonte, que viu a festa ressuscitar a partir do ano de 201o, o maior esquema de policiamento garante  a segurança dos 3,6 milhões de foliões que invadiram a cidade desde a sexta-feira (9).  São esperado de acordo com a Belotur/Prefeitura de Belo Horizonte 180 mil turistas, número 20% maior do que em 2017. Ao todo, os dias de folia na capital verão 550 cortejos desfilar por suas ruas e avenidas. Com tanta gente ao ar livre, a segurança é a prioridade zero desta festa brasileira na terra do pão de queijo.

No Carnaval 2018, estão nas ruas de BH e região metropolitana 12,4 mil policiais. Em Belo Horizonte são 8 mil militares, mil a mais que em 2017, ano em que já havia ocorrido um aumento de 500 policias no efetivo, se comparado a 2016. Segundo informa o chefe da Sala de Imprensa da Polícia Militar, major Flávio Santiago, no Carnaval o empenho da tropa é total.  “A Polícia empenha todo mundo no Carnaval. O que fazemos é o remanejamento de esforços dentro do próprio Estado para atender a Capital e as 45 cidades que vão ter Carnaval este ano”, explica.

O reforço será dado pelos militares da Academia de Polícia e pelo pessoal administrativo. “No Carnaval, a administração para e estamos tendo sucesso com isso”, completa. No Estado, o efetivo total será de 43 mil policiais, incluindo os militares reconvocados (aposentados) para o serviço ativo.

Como o Carnaval é uma festa de natureza popular, com grande consumo de bebida alcoólica em espaços públicos, a chance de surgirem confusões localizadas é alta. Diante disso, o planejamento da Polícia Militar levou em conta dois eixos. Segundo explicou o major Flávio Santiago, o primeiro deles é o acompanhamento do que ele  chama de nascedouro da festa, ou seja os blocos. “A Polícia Militar deslocou oficiais para cada bloco a fim de fazer a gestão de cada um deles. Este oficial é chamado de policial militar de ligação, para entender quais são os problemas, as dificuldades, e fazer com que resolução desses problemas seja feita de forma conjunta, antes do evento. É uma forma de antecipar as situações”, detalha Santiago. Segundo ele, a presença do militar serve, ainda, como contato direto entre a polícia e os líderes dos blocos, caso venha ocorrer algum problema no dia do desfile.

Militares acompanham de perto a movimentação dos blocos pelas ruas da cidade.

O policiamento não é fixo, segundo explica o major. “Nós temos algumas regiões em que há menos Carnaval na cidade. Diante disso, fazemos um direcionamento de esforços para as áreas com maior concentração de foliões.” Mesmo com reforço no policiamento, Santiago informa que não há redução do efetivo que trabalha no policiamento ordinário da cidade, como a patrulha dos bairros, a patrulha de prevenção a violência doméstica, a patrulha de operações e a viatura Tático Móvel. “O que fazemos agora é o incremento dessas forças.”

No caso da Capital, Santiago informa que a cidade é dividida e redividida em zonas durante o Carnaval de acordo com cada dia. “Nós fazemos as rearticulações de acordo com a necessidade do dia. A área do 1° Batalhão, na região central da cidade, está muito bem reforçada.” Por estratégias operacionais, a PM não divulga mapas ou esquemas de segurança para não informar os que têm intenção de cometer delitos, mas garante que este será o Carnaval mais seguro de todos os tempos, contando, inclusive, com a utilização de câmeras de vigilância e de equipes que monitoram os blocos, inclusive na atividade de inteligência.

Em Belo Horizonte será montado o Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), do Estado, reunindo 16 instituições para monitorar de forma conjunta tudo o que se passa na capital.   A carreta com o Centro Integrado de Comando e Controle Móvel (CICC Móvel) ficará na Praça da Estação e poderá, caso necessário, ser deslocada para pontos estratégicos da cidade. O veículo está equipado com seis câmeras com alcance de até 30 metros quadrados.

Um mega esquema de segurança foi montada pelas forças de segurança do Estado para BH e 45 cidades do interior

Tecnologia para aumentar a segurança

A Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) desenvolveu um sistema de gerenciamento de ocorrências em tempo real, que será lançado nos dias de folia, mas que deverá ser utilizado também após o Carnaval. Segundo o órgão, o novo sistema possibilitará georreferenciar as ocorrências, como roubos, brigas, tentativas de estupro, queda de árvores e engarrafamentos cuja incidência esteja acima do normal, entre outros.

“A fotografia vai possibilitar que as forças de segurança atuem de forma qualificada. Uma ferramenta inovadora de gestão integrada das forças de segurança”, explicou o secretário de Estado de Segurança Pública, Sérgio Menezes. Segundo Menezes, a própria força de segurança vai cadastrar os seus militares e policiais e eles vão fazer o registro e lançar de forma georreferenciada neste mapa. Todos os entes que participam da força integrada terão a possibilidade de fazer esse registro”, finalizou.

Jefferson Lorentz

Jeff Lorentz é jornalista e trabalhou como repórter de pautas especiais para o portal Bhaz.

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