Uma audiência pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG) foi realizada na última segunda-feira (12) para tratar do “gradativo abandono” do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade, mais conhecido como Aeroporto da Pampulha. A antiga polêmica foi retomada após a Infraero manifestar intenção de que ocorra a retomada dos voos de grandes jatos no aeroporto o mais breve possível.
O debate ocorreu a pedido do deputado estadual Agostinho Patrus Filho (PV), que se diz preocupado que o aeroporto esteja perdendo até mesmo os voos regionais para o Aeroporto Internacional Tancredo Neves, localizado em Confins, na Grande BH. Contraditoriamente, o governo federal tem investido em melhorias na infraestrutura do local, que opera de forma deficitária.
O deputado ressaltou que hoje existem apenas dois voos comerciais regulares no aeroporto. Segundo o parlamentar, o primeiro passo para reverter isso já foi dado, com a chamada Portaria 908, que autoriza a retomada das operações de grandes jatos na Pampulha.
A população local foi ferrenha opositora, alegando a grande poluição sonora e os riscos inerentes à atividade. Ganharam, também, o reforço dos responsáveis pela gestão de Confins, que temem perder faturamento com a concorrência. O diretor-presidente do BH Airport – empresa que administra o aeroporto internacional – argumentou a respeito da questão financeira, alegando que o fluxo de passageiros em Minas não garante sustentabilidade a dois aeroportos. Embora tenham sido minoria na reunião, os opositores prometeram resistência.
Representantes do setor produtivo, aeroviários, gestores e especialistas em aviação, juristas e parlamentares foram favoráveis à expansão do aeroporto localizado em um dos cartões-postais da capital mineira. Utilizaram como comparação os aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, localizados próximos aos centros de São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente.
Os favoráveis ressaltaram que o aeroporto da Pampulha é ainda mais seguro que os comparados das outras capitais. Enfatizaram também que a reclamação acerca da poluição sonora não é válida, alegando que quem se mudou para aquela região tinha consciência da existência da construção na localidade.
Com ALMG