O número de mortes causadas pelo rompimento da barragem da mineradora Vale subiu e chegou a 110, de acordo com informações divulgadas pela Defesa Civil de Minas Gerais, nesta quinta-feira (31).
Segundo o tenente-coronel Flavio Godinho, coordenador Defesa Civil, 238 pessoas seguem desaparecidas e 71 corpos já foram identificados. Por conta da tragédia, e também das chuvas que atingiram a cidade de Brumadinho ontem e hoje, 108 pessoas estão desalojadas.
Segundo o tenente Pedro Aihara, porta-voz do Corpo de Bombeiros, as buscas continuam e, a partir de agora, os trabalhos devem entrar em uma fase mais complicada.
“A maioria dos corpos encontrados estavam em uma área superficial. Agora, para realizar as próximas buscas, será necessário estabilizar a lama e realizar escavações. É uma fase mais minuciosa. A maioria dos corpos recuperados estão íntegros, mas, a partir de agora, a expectativa é encontra seguimentos de corpos. O número de corpos aumenta, mas avanço deve reduzir”, disse Aihara.
Ainda de acordo com o socorrista, as pancadas de chuvas estão sendo monitoradas, contudo a segunda barragem encontra-se estável e o risco de rompimento é baixo.
Os militares de Israel que estavam ajudando nas buscas deixaram o Brasil nesta quinta-feira. Apesar disso, 370 bombeiros, de Minas, São Paulo e Santa Catarina continuam empenhados nas buscas. Cerca de 950 policiais militares estão percorrendo uma área de 40 quilômetros quadrados na busca por sobreviventes que tenham corrido em direção à mata.
Água
O tenente-coronel Flavio Godinho, coordenador Defesa Civil, afirmou que não faltará água a nenhuma comunidade da região, bairro ou cidade. Contudo, pessoas ribeirinhas que captavam água diretamente no Paraoeba receberão o recurso, já que os rejeitos atingiram o rio.
“Momentaneamente está suspensa a captação de água no Paraopeba. Porém, haverá a entrega de 20 mil litros de água potável para essas pessoas. Além disso, técnicos da Emater vão verificar entrega. Todas as pessoas vão receber água”, disse.
