A ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) subiu pelo terceiro dia consecutivo em Belo Horizonte e segue no nível de alerta intermediário. Segundo o Boletim Epidemiológico divulgado pela PBH (Prefeitura de Belo Horizonte) no fim da tarde de hoje (11), 67,6% dos 216 leitos destinados aos pacientes graves da doença estão ocupados. Ontem (10), o número estava em 64,4%.
Em um cenário ainda mais preocupante está a demanda por enfermarias. Para garantir o atendimento da população, a prefeitura abriu 25 novos leitos na rede SUS (Sistema Único de Saúde) nesta terça-feira. Nos últimos dias, 130 leitos que estavam desmobilizados foram reabertos.
Mesmo com as ampliações, a taxa de ocupação total de leitos de enfermaria, considerando as redes SUS e Suplementar, segue no nível vermelho, com 70,9%. Segundo o Executivo municipal, essa procura não é, necessariamente, de pacientes com a Covid-19.
“É importante reforçar que pacientes com quadros gripais, ainda sem resultado para a Covid-19, também podem estar internados nos leitos de UTI e Enfermaria dedicados à doença, considerando que os sintomas são parecidos”, explica a PBH.
Transmissão em queda
O fator Rt, que mede a velocidade de transmissão da Covid-19 em Belo Horizonte, tem caído, ainda que a passos lentos. O boletim desta terça-feira (11) mostra que o indicador atingiu o melhor índice das últimas duas semanas: 1,13.
Ainda assim, a transmissão segue no nível de alerta intermediário. Segundo especialistas, o cenário ideal é quando o Rt se encontra abaixo de 1.
Primeiro caso de ‘Flurona’
Belo Horizonte notificou, ainda hoje (11), o primeiro caso oficial de “Flurona” – coinfecção pelos vírus da gripe e da Covid-19. Segundo a PBH, o paciente é um homem de 60 anos, cujo quadro clínico é leve.
Ainda segundo o Executivo, não houve necessidade de internação. “O teste foi feito em laboratório privado”, acrescenta (veja aqui).